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Metalúrgicos de SP avançam em cláusulas sociais

Linha fina
Representantes dos trabalhadores e da bancada patronal praticamente concluíram o debate sobre o tema
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São Paulo – A Federação dos Sindicatos de Metalúrgicos da CUT de São Paulo (FEM-CUT/SP) e a bancada patronal do chamado Grupo 8 (G8: trefilação, laminação de metais ferrosos; refrigeração, equipamentos ferroviários, rodoviários entre outros) praticamente concluíram o debate das cláusulas sociais, principal destaque na pauta de reivindicações da categoria neste ano. O encontro ocorreu na sexta-feira 11, na quarta rodada de negociação da campanha salarial 2015. No total, a FEM-CUT/SP apresentou à bancada patronal 20 cláusulas pré-existentes (em vigor na Convenção Coletiva de Trabalho) e reivindicação de 14 novos direitos.

Até agora, o G8, o G2 (máquinas e eletrônicos) e o G3 (autopeças, forjaria e parafusos) são as bancadas patronais que estão na fase de conclusão dessa primeira fase das negociações da pauta social da FEM. Ainda faltam três grupos: G10 (lâmpadas, material bélico, equipamentos odontológicos e outros), Fundição, e Estamparia. Após a conclusão dos debates, a FEM-CUT-SP iniciará a discussão sobre o reajuste salarial com todos os setores patronais.

Na pauta de reivindicação, a FEM lutará pela reposição integral da inflação do período da data-base, 1º de setembro, e mais o aumento real. O Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), medido pelo IBGE – utilizado como referência pela FEM –, acumulado até agosto, fechou em 9,88%. "Nossa reivindicação econômica é o INPC integral do período da data-base, acrescida do aumento real, que negociaremos na mesa", afirmou Luiz Carlos da Silva Dias, o Luizão, presidente da FEM-CUT/SP.

Avaliação - Na avaliação da bancada dos trabalhadores, a negociação de sexta-feira levou à possibilidade de avançar em cláusulas como a das garantias sindicais, a valorização do papel do cipeiro, o quadro de carreira para o empregado jovem e a inclusão do direito à igualdade de condições e oportunidades, esta última para combater a discriminação contra mulheres, negros e jovens. "Acredito que a gente também construiu um debate social no sentido de formar uma mesa permanente para fazer uma avaliação detalhada e bastante complexa da nossa Convenção. Esperamos na próxima rodada entrar no debate da questão econômica", destaca Adilson Faustino, o Carpinha, Secretário Geral da FEM-CUT/SP e diretor do Sindicato dos Metalúrgicos de Sorocaba.

O presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Itu, Dorival Jesus do Nascimento, disse que caso sejam confirmadas essas sinalizações, representará uma vitória para a categoria metalúrgica. "Refletir sobre o jovem significa pensar no futuro da indústria. Na nossa base, do total de demitidos durante um ano, 73% eram jovens com média de idade de até 35 anos", explicou.

O assessor Jurídico da FEM, Raimundo Oliveira, disse que a cultura da negociação e diálogo entre capital e trabalho deve ser incentivada sempre, sem a intervenção de terceiros. "A FEM vem defendendo essa ideia de negociação permanente com as bancadas patronais.".

Nesta segunda-feira 14, a FEM-CUT/SP continuará a negociação da campanha salarial com a bancada patronal do Grupo 2, às 10h, na sede da Abimaq. A negociação com o G8 continua na tarde de quarta-feira 16, na Fiesp. Pela manhã, a FEM se reune com o Grupo 3.


Rede Brasil Atual - 14/9/2015

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