Pular para o conteúdo principal

Paralisação de advertência no serviço funerário

Linha fina
Trabalhadores da cidade de São Paulo realizam mobilização de dois dias contra ameaça de terceirização
Imagem Destaque
São Paulo - Os trabalhadores do serviço funerário municipal de São Paulo realizam paralisação de advertência nesta quarta 9 e quinta 10, das 6h às 9h, em protesto contra a terceirização da frota e dos motoristas no setor.

A categoria luta para que a prefeitura paulistana cancele o pregão eletrônico, previsto para a sexta-feira 11, para contratar “serviço de translado funerário”, na prática, a terceirização de motoristas e a privatização da frota de veículos.

Os trabalhadores defendem a melhoria dos serviços prestados, com a exigência de contratação de novos servidores por concurso público e não por meio de pregões para terceirizar a atividade, como pretende a prefeitura da capital.

Vídeo: trabalhadores explicam os motivos da paralisação

A luta contra a terceirização dos motoristas vem ocorrendo há anos e é um modelo que o atual governo municipal insiste em levar adiante, critica João Batista Gomes, secretário de Mobilização da CUT São Paulo e secretário de Imprensa do Sindicato dos Trabalhadores na Administração Pública e Autarquias do Município de São Paulo (Sindsep-SP).

“Conseguimos suspender pregão por quatro vezes e não vamos aceitar terceirização. Em assembleia no próximo dia 15, também vamos cobrar resposta sobre o reajuste salarial, pois não há nenhuma proposta do governo municipal”, explica o sindicalista.

A assembleia geral dos servidores municipais será a partir das 10h da terça-feira 15, em frente à Prefeitura, no Viaduto do Chá, centro paulistano.

Segundo o agente funerário Manoel Norberto Pereira, em vídeo publicado no site do Sindsep-SP, a privatização no serviço funerário municipal começou na fabricação de caixões e vem se estendendo a outro setores.

“Eles precarizam o serviço prestado à população e sacateiam as condições do trabalhador. Fui acompanhar a exumação de um corpo e não havia um par de luvas para o trabalho, a família teve que comprar”, relata.


Flaviana Serafim, da CUT São Paulo - 10/9/2015
seja socio