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Trabalhadores dos Correios entram em greve

Linha fina
Funcionários da capital paulista, Grande São Paulo e Sorocaba e região, além de outras cidades pelo país, não aceitaram proposta do Tribunal Superior do Trabalho
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São Paulo - Os funcionários dos Correios da capital paulista, Grande São Paulo e Sorocaba e região entraram greve na terça 15, à noite, após deliberação da assembleia do Sindicato dos Trabalhadores dos Correios e Telégrafos (Sintect-SP), na qual a proposta do Tribunal Superior do Trabalho (TST) foi recusada. A categoria também parou no Rio de Janeiro e em mais cidades do país. Os trabalhadores pedem reposição da inflação e mais 10% de aumento real, além de reajuste no benefício de alimentação.

A reunião de mediação realizada pelo TST em Brasília, na sexta-feira 11, terminou com uma proposta do vice-presidente do tribunal, ministro Ives Gandra, que incluiu reajuste salarial zero, com uma gratificação de R$ 150 mensais a partir de agosto e mais R$ 50 a partir de janeiro de 2016, até o fim da vigência do atualacordo coletivo, em agosto de 2016.

O diretor da Federação Nacional dos Trabalhadores em Empresas de Correios, Telégrafos e Serviços Postais (Fentect), Emerson Marinho, informou que a greve foi deflagrada porque a empresa apresentou proposta que não garante a reposição da inflação.

“Ela apresentou uma proposta linear que não é incorporada imediatamente ao salário e que vem em forma de gratificação, o que não traz reflexo remuneratório nem nas férias e nem no décimo terceiro salário. Outro aspecto é o ataque frontal que a empresa vem fazendo ao nosso plano de saúde. Hoje, só pagamos quando usamos, mas os Correios querem instituir uma cobrança mensal de 13% do salário bruto, que hoje tem piso inicial de R$ 1.134,00.”

Por meio da assessoria de comunicação, os Correios informaram que a proposta apresentada pelo TST previa um reajuste equivalente a cerca de 20% do salário inicial do agente de Correios, em forma de gratificação, representando um reajuste linear de R$ 200.

Os trabalhadores reiteraram a preocupação de que esse percentual não seja incorporado aos salários; “O grande problema é que só há previsão de incorporação de R$ 50 aos salários, o restante continuaria 'por fora' indefinidamente, e poderia acabar sendo retirado pela empresa”, afirmou o presidente do Sindicato dos Trabalhadores dos Correios e Telégrafos (Sintect-SP), Elias Cesário.

Em São Paulo, a categoria faz nova assembleia na segunda-feira 21, às 10h.

A mobilização dos trabalhadores é nacional, mas alguns sindicatos aceitaram a proposta.


Rede Brasil Atual - 16/9/2015
 
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