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Veja resumo das negociações com a Fenaban

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Em quase 30 dias, foram cinco rodadas de debates sobre a pauta de reivindicações da Campanha 2015
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São Paulo - O Comando Nacional dos Bancários e representantes da federação dos bancos, a Fenaban, realizaram cinco rodadas de negociação entre 19 de agosto e 16 de setembro, abrangendo a pauta de reivindicações da categoria para a renovação da Convenção Coletiva de Trabalho (CCT). Abaixo, um resumo do que foi debatido.

> Íntegra dos resultados das negociações

Emprego - Prioridade para os bancários, foi tema da primeira rodada de negociação entre o Comando e a Fenaban, em 19 de agosto – a pauta de reivindicações foi entregue dia 11.

Os representantes dos trabalhadores provaram, com dados, o que os bancos negam: o setor ganha com os cortes. São 22.136 empregos a menos entre janeiro de 2012 e junho de 2015 (dados do Caged), quando o lucro cresceu 18%, de R$ 52 bi para R$ 62 bi (dados dos balanços de BB, Caixa, Itaú, Bradesco, Santander, HSBC e Safra). Com a rotatividade são dispensados trabalhadores com salários mais altos e os que são admitidos ganham em média 42% menos.

“Não tem porque um setor que ganha tanto terceirizar, usar a rotatividade e a tecnologia para demitir e reduzir custo”, afirma a presidenta do Sindicato, Juvandia Moreira.

Abusos reconhecidos - Na rodada que tratou de saúde e condições de trabalho, em 2 e 3 de setembro, os bancos reconheceram que pode haver excessos na cobrança de metas por parte dos gestores. E aceitaram uma das reivindicações do movimento sindical: informar as soluções dadas aos casos de assédio moral apurados também pelos canais internos dos bancos.

Outro compromisso: avaliar a inclusão de uma cláusula na Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) que garantirá ao empregado o direito de pedir realocação quando estiver sendo comprovadamente assediado. Também ficaram de estudar o que pode ser feito para eliminar “desvios” como a publicação de rankings de performance, proibida pela CCT.

Ficou definido, ainda, que uma nova cláusula deve ser redigida detalhando a participação do acompanhamento dos sindicatos no Programa de Retorno ao Trabalho.

Segurança - Os negociadores da Fenaban recusaram novamente uma antiga reivindicação que tem por objetivo proteger a vida dos bancários: a proibição da guarda das chaves dos cofres pelos trabalhadores – 100% dos sequestrados em assaltos são portadores de chaves. Também se recusaram a ampliar para todo o país o projeto-piloto realizado em cidades da região do Recife, em Pernambuco, entre 2013 e 2014, que reduziu em até 92% os crimes como saidinha de banco, assaltos e arrombamentos.

Direito a igualdade - Estabelecer um plano de cargos, carreiras e salários (PCCS) na Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) está fora de cogitação. Assim a Fenaban se posicionou diante das reivindicações de igualdade de oportunidades na rodada de 9 de setembro que cobram salário igual para trabalho de igual valor. Não houve avanços, ainda, sobre os direitos das pessoas comdeficiência terem folga nos dias de manutenção de suas próteses.

Os bancos ficaram de analisar a possibilidade de atender à reivindicação dos trabalhadores que prevê direito a um dia de ausência remunerada a cada seis meses para os pais participarem de reuniões escolares com os professores para cada filho ou enteado, em idade escolar.

15 minutos - Os 15 minutos de pausa para mulheres antecedendo a jornada extraordinária foi debatido, sem se chegar a um consenso. Como está previsto em lei, qualquer acordo feito deve se subordinar a ela.

Dos mais de 5 mil bancários que responderam à enquete feita pelo site do Sindicato 80% são contra em qualquer situação (clique aqui). Somente 4% são a favor desde que os 15 minutos sejam pagos e 14% aceitam sendo também para homens e pagando para os dois.

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Redação - 24/9/2015

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