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Em assembleia lotada, bancários decidem entrar em greve a partir da próxima terça-feira (06)

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Assembleia nesta quinta-feira (01) em SP teve a participação de cerca de mil e quinhentos bancários
Imagem Destaque

Após assembleia em São Paulo nesta quinta-feira (01), às 19h, a categoria decidiu entrar em greve por tempo indeterminado a partir da próxima terça-feira (06).

A categoria entregou pauta com as reivindicações no dia 09 de agosto e, após cinco rodadas de negociação com a federação dos bancos (Fenaban), não houve acordo para alguns itens prioritários, como a manutenção do emprego, avanços para igualdade de oportunidades, saúde, segurança e o índice de reajuste. Os bancários reivindicam índice de 14,78% (aumento real de 5%) e bancos propõem 6,5% (o que representa perda real de 2,8%, de acordo com a inflação de 9,57%), além de abono de R$3.000.

“O setor mais lucrativo do país negou as principais reivindicações da categoria, com o argumento que a economia esta incerta, mas só no primeiro semestre os bancos tiveram um resultado de R$ 107,2 bilhões com títulos, muito influenciados pelo elevado patamar da taxa Selic no país. Enquanto todos perdem os bancos seguem ganhando", disse Juvandia Moreira, presidenta do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região e uma das coordenadoras do Comando Nacional dos Bancários.  “A categoria esta unida e vamos fazer uma greve forte por melhores condições de trabalho e melhores salários”.

Dados da Categoria - Os bancários são uma das poucas categorias no país que possui Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) com validade nacional. Os direitos conquistados têm legitimidade em todo o país. São cerca de 512 mil bancários no Brasil, sendo 142 mil na base do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região, o maior do país. Nos últimos doze anos, a categoria conseguiu aumento real acumulado entre 2004 e 2015 de 20,85% e 42,1% no piso.

Principais reivindicações Campanha Nacional Unificada 2016:
•      Reajuste Salarial de 14,78%, sendo 5% de aumento real, com inflação de 9,31%
•      PLR – três salários mais R$ 8.297,61
•      Piso – Salário mínimo do Dieese (R$ 3.940,24)
•      Vales Alimentação, Refeição, 13ª cesta e auxílio-creche/babá  – Salário Mínimo Nacional (R$ 880)
•      14º salário;
•      Fim das metas abusivas e assédio moral – A categoria é submetida a uma pressão abusiva por cumprimento de metas, que tem provocado alto índice de adoecimento dos bancários;
•      Emprego – Fim das demissões, ampliação das contratações, combate às terceirizações e precarização das condições de trabalho
•      Melhores condições de trabalho nas agências digitais
•      Mais segurança nas agências bancárias
•      Auxílio-educação

 

 

Cecilia Negrão
Assessora de imprensa do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região
(11) 99610-5594
[email protected]
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