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Chapéu
Caged

Bancos fecham quase 14,5 mil vagas em apenas oito meses

Linha fina
Segundo o Dieese, somente em agosto o Caged registrou 3.780 postos de trabalho a menos no setor em todo o país; Ivone Silva, presidenta do Sindicato, lembra que lucro dessas empresas superou R$ 31 bilhões em apenas seis meses
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Foto: Fotos Públicas

São Paulo - Os bancos fecharam 14.460 postos de trabalho no Brasil entre janeiro e agosto de 2017, de acordo com o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgado na sexta 22 pelo Dieese. Em julho de 2017, registrou-se saldo positivo em 72 postos no setor bancário após dezessete meses consecutivos de negativos. Em agosto houve fechamento de 3.780.

Todos os estados apresentaram saldo negativo. São Paulo, Paraná e Rio foram mais impactados com 3.751, 2.042 e 1.546, respectivamente.

Ivone Silva, presidenta do Sindicato, lembra que o "setor bancário continua sendo o mais lucrativo do país. Os quatro maiores bancos (Banco do Brasil, Bradesco, Itaú-Unibanco e Santander) tiveram lucro líquido, somente no semestre deste ano, de R$ 31,4 bilhões, com alta de 22,6%. Em contrapartida, eles demitem e fecham postos de trabalho. Uma falta responsabilidade social, já que os bancos usam a rotatividade para aumentar seus lucros e precarizar as relações de trabalhado”.

A análise por Setor de Atividade Econômica revela que os “Bancos múltiplos com carteira comercial”, categoria que engloba Itaú Unibanco, Bradesco, Santander e Banco do Brasil, foi responsável pelo fechamento de 7.347 postos. A Caixa, de 6.845.

Faixa Etária - Os bancários admitidos no período concentraram-se na faixa etária até 39 anos de idade. Os desligamentos concentraram-se nas faixas etárias superiores a 25 anos e, especialmente, entre 50 a 64 anos, com fechamento de 11.614 postos de trabalho. Os saldos são positivos apenas para as faixas de idade até 29 anos.

Desigualdade entre Homens e Mulheres - As 7.677 mulheres admitidas nos bancos entre janeiro e agosto de 2017 receberam, em média, R$ 3.540,35. Esse valor corresponde a 69,2% da remuneração média auferida pelos 7.735 homens contratados no mesmo período.

A diferença de remuneração entre homens e mulheres é observada também na demissão. As 15.166 mulheres desligadas dos bancos entre janeiro e agosto de 2017 recebiam, em média, R$ 6.629,66, o que representou 78,6% da remuneração média dos 14.706 homens que foram desligados dos bancos no período.

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