São Paulo – A CUT desenvolve campanha em todo o estado de São Paulo para denunciar parlamentares que votaram contra os direitos dos trabalhadores. Nta terça-feira 19, segundo matéria da Rede Brasil Atual, foi a vez da cidade de Mogi das Cruzes receber o material em um encontro ocorrido na sede do sindicato dos bancários da região.
São cartazes, jornais e publicações em redes sociais que trazem fotos e nomes de deputados e senadores que votaram a favor de medidas do governo Temer consideradas retrocessos sociais e afronta à Constituição, como a reforma trabalhista, que altera mais de 100 pontos da CLT, e a chamada emenda constitucional que congela investimentos públicos por 20 anos.
O presidente da CUT, Vagner Freitas, ressaltou que os parlamentares que votaram a favor dessas medidas são, em sua maioria, os mesmos que votaram pela derrubada da presidenta Dilma Rousseff no golpe do impeachment. "Quantos desses parlamentares são representantes da classe trabalhadora?", questionou.
"Vamos denunciar esses traidores e traidoras para evitar que sejam reeleitos. Esse trabalho de denúncia tem de começar agora", afirmou o presidente da CUT-SP, Douglas Izzo, no lançamento da campanha.
A vice-presidenta da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), Juvandia Moreira, aposta na união dos trabalhadores para combater os retrocessos. "Nós temos a unidade. Se eles (patrões) têm grandes meios de comunicação e dinheiro, nós temos nossa garra."
"É no diálogo político que vamos abrir caminho. Precisamos dizer que a política não pode ficar só na mão dos poderosos", destacou a presidenta da Apeoesp, Maria Izabel Noronha, a Bebel. Para ela, a perda de direitos imposta pelo atual governo faz a população se aproximar dos sindicatos.
O ex-deputado estadual pelo PT Luiz Cláudio Marcolino ressaltou também que, nesse contexto de retrocessos, é importante lembrar à população que os deputados de esquerda não votaram a favor dessas medidas que retiram direitos dos trabalhadores. "Nós precisamos falar isso para as pessoas. A sociedade vai voltar a nos enxergar com orgulho".