Entidades representativas dos bancários do Banco do Brasil contrárias à proposta do Banco do Brasil para a Cassi estão sofrendo uma série de tentativas de intimidação, através de notificações extrajudiciais, por parte da diretoria da caixa de assistência. Assim como a ANABB (Associação Nacional dos Funcionários do Banco do Brasil), recentemente notificada, o Sindicato também recebeu notificação extrajudicial que solicita que a entidade abstenha-se de publicar supostas informações “equivocadas ou distorcidas” sobre a proposta do BB, que avalia ser prejudicial aos associados, da ativa e aposentados.
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“Chama a atenção o fato de que as notificações são feitas pela própria Cassi, e não pelo autor da proposta em questão, o BB. Avaliamos que essa iniciativa da presidência da Cassi é uma forma de intimidar as entidades que estão ao lado dos associados e orientam pela rejeição da proposta, que atende apenas os interesses do banco, prejudicando os associados e a própria Cassi”, critica o diretor do sindicato e bancário do BB João Fukunaga.
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“O Sindicato não aceita qualquer tipo de intimidação que tenha como objetivo cercear seu legítimo direito de orientar e informar os bancários do Banco do Brasil, da ativa e aposentados. Reafirmamos todas as nossas interpretações sobre os pontos da proposta que consideramos prejudiciais ao corpo social da caixa de assistência e reforçamos nossa orientação para que o corpo social rejeite a mesma, votando NÃO. Se a diretoria da Cassi é favorável à proposta do BB, deveria defendê-la, esclarecer pontos obscuros, apresentar dados concretos, e não intimidar quem se declara contrário e tem sólida credibilidade na categoria para orientar o voto NÃO”, acrescenta.
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Trabalhadores apresentam proposta que não retira direitos
As entidades representativas dos trabalhadores também apresentaram proposta para a sustentabilidade da Cassi que busca garantir a manutenção de direitos e a cobertura para funcionários da ativa, aposentados e dependentes.
A proposta preserva o princípio da solidariedade, segundo o qual os associados contribuem de forma proporcional ao salário, independentemente da idade ou condição de saúde; defende a manutenção da Cassi sob o comando dos representantes dos associados, sendo gerida de forma paritária; dentre outros pontos.
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Quanto à questão financeira, o documento propõe uma receita operacional nova de R$ 862,5 milhões/ano – o que representa R$ 4,3 bilhões entre 2019-23 – para reequilibrar liquidez e margem de solvência, fazer os investimentos necessários e ampliar o modelo assistencial.
Essa verba viria de um aditivo ao Memorando de Entendimentos, definindo 1,5% para o corpo social, que corresponderia R$ 345 milhões para os associados ao ano, ou seja, R$ 1,725 bilhão de 2019 a 2023; e 1,5 vezes esse valor a ser pago pelo banco, representando R$ 517 milhões ao ano, o que dá R$ 2,587 bilhões no mesmo período. Essa alteração sustenta a mesma metodologia contábil e legal que o banco construiu em 2016, inclusive dentro dos parâmetros da CVM695, e coloca de lado a CGPAR 23, que o banco quer impor para os associados.