Após avaliarem o documento divulgado na sexta-feira 21, sobre como serão firmadas as relações estratégicas entre as empresas Embraer e Boeing, os sindicatos dos metalúrgicos das cidades de São José dos Campos, Botucatu e Araraquara, no interior de São Paulo, estão se mobilizando para barrar o processo e planejam incorporar os novos dados às ações judiciais contra a venda da empresa. A reportagem é da Rede Brasil Atual.
Em entrevista ao jornalista Rafael Garcia, na Rádio Brasil Atual, o vice-presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos, Hebert Claros, destacou que o arranjo é prejudicial às operações da Embraer e preocupa principalmente pelo papel de mera observadora reservado à empresa no conselho administrativo da Boeing e a conclusão do negócio até 5 de dezembro, ainda durante a gestão de Michel Temer.
Na prática, segundo o vice-presidente, o prazo estipulado limita a avaliação do processo que, para ele, precisa ser levado ao próximo presidente, além de impedir a participação efetiva da Embraer e do governo federal em decisões. “Isso é muito mais prejudicial ao futuro da empresa e, um fechamento da Embraer, por exemplo, em São José dos Campos, significa a perda de 13 mil postos de trabalhos direitos e 20 mil indiretos. É uma tragédia para o nosso país”, afirma Herbet Claros.