Os trabalhadores dos Correios, em greve desde às 22h do dia 10, devem continuar mobilizados até pelo menos na terça-feira 17, prazo dado pelo ministro do Superior Tribunal do Trabalho (TST), Mauricio Godinho Delgado, depois de uma rodada de negociação de cinco horas na seção especializada em dissídios coletivos do tribunal, em Brasília.
A reportagem é da Rede Brasil Atual.
Como a direção da empresa tem se mostrado resistente à negociação, o ministro propôs manter as cláusulas do Acordo Coletivo de Trabalho 2018/2019, bem como a vigência do plano de saúde, conforme prorrogação ocorrida em 31 de julho, até o dia 2 de outubro, data do julgamento do dissídio coletivo pelo colegiado do TST.
Em contrapartida, os trabalhadores se comprometeram a levar a proposta de encerramento da paralisação para as assembleias o mais rápido possível, por isso o prazo até a terça-feira 17, às 22h. Os trabalhadores também são contra a privatização da empresa, como pretende o governo Bolsonaro.
“Foi uma audiência muito conturbada, a empresa manteve o tempo inteiro a postura arrogante, de não querer negociar, e colocando dificuldades. O objetivo agora: nós vamos avaliar a proposta que foi feita pelo ministro, do ponto de vista jurídico e político, porque a greve está muito forte, e temos prazo até terça feira para orientar os trabalhadores, mas o nosso encaminhamento é que os trabalhadores continuem mobilizados e fortaleçam o movimento de greve para que todos e qualquer decisão que a gente venha a tomar seja fortalecendo esse trabalho que foi feito até agora”, disse Amanda Gomes Corsino, secretária da Mulher, da Federação Nacional dos Trabalhadores em Empresas de Correios e Telégrafos e Similares (Fentect), da base da CUT.
“Os trabalhadores têm de continuar mobilizados, a greve continua e até terça-feira o movimento sindical tem orientação para as assembleias. Ainda não temos um posicionamento”, disse Amanda em transmissão pelo Facebook ao fim da reunião.