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Plenária virtual nesta quarta 24 vai discutir futuro do home office no Itaú

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Imagem de uma mulher trabalhando em home office, em tons de laranja

O Sindicato dos Bancários e Financiários de São Paulo, Osasco e Região convoca os trabalhadores do Itaú para uma plenária virtual na próxima quarta-feira 24, às 19h, para debater o futuro do home office no banco, os desafios do modelo remoto e a mobilização necessária para garantir sua manutenção e regras claras sobre o teletrabalho. Atualmente, o banco emprega cerca de 80 mil trabalhadores no Brasil e estima-se que quase metade deles, cerca de 35 mil empregados, atuem de forma híbrida ou totalmente remota.

Ao preencher o pré-cadastro (link acima), o trabalhador informará seus dados para contato e informações que subsidiarão os debates na plenária, além de receber posteriormente o link de participação.

Diante das movimentações recentes do Itaú, é necessária mobilização para proteger os trabalhadores e debate sobre todos os aspectos do home office como, por exemplo, garantias da privacidade dos trabalhadores, monitoramento, critérios de avaliação do trabalho, assim como a própria manutenção do modelo.

“Após a demissão de mil trabalhadores de forma arbitrária e sem critérios claros, no dia 8, os bancários que seguem no banco estão apreensivos em relação a novas demissões e também ao monitoramento e à transparência de seus critérios. Queremos conversar com os bancários sobre esses temas, além de ouvi-los sobre os acordos de teletrabalho, que devem prever mecanismos para que as entidades representativas acompanhem qualquer mudança ou impacto no emprego e na privacidade do trabalhador bancário”

Neiva Ribeiro, presidenta do Sindicato e uma das coordenadoras do Comando Nacional dos Bancários

O Itaú figura entre as instituições financeiras brasileiras que mais destinam recursos à Inteligência Artificial (IA) e à IA generativa. De acordo com seu Relatório de ESG, em 2024 os gastos com fornecedores de tecnologia superaram R$ 4,7 bilhões. Esse avanço tecnológico tem resultado no fechamento de agências físicas, na eliminação de empregos e na reconfiguração do quadro de pessoal, com uma transferência crescente de postos para a área de Tecnologia da Informação (TI) da holding.

No auge, em março de 2011, o banco chegou a contar com mais de 104 mil trabalhadores. Já em junho de 2025, esse contingente caiu para cerca de 85,7 mil — uma redução líquida de 18.247 postos. No período mais recente, desde a fase pré-pandemia, a instituição passou por uma ampla reorganização ocupacional: ampliou em mais de 10,4 mil o número de vagas em TI e, ao mesmo tempo, extinguiu mais de 6,3 mil funções em outras áreas, sobretudo em atividades tradicionalmente ligadas às agências. Com isso, a participação dos empregados de TI no total da força de trabalho saltou de 9% para 21%.

Outra consequência da estratégia do Itaú tem sido o fechamento em larga escala de agências físicas. De junho de 2014 a junho de 2025, o banco encerrou 2.031 unidades, uma média de 3,5 fechamentos por semana. O ritmo se intensificou recentemente: nos últimos 12 meses, foram 223 agências a menos (4,27 por semana); em apenas 6 meses, 158 (6,1 por semana); e em 3 meses, 63 (4,8 por semana). Esse processo desperta preocupação quanto à capacidade de atendimento da sociedade, já que a redução da rede física dificulta o acesso de clientes que ainda dependem do contato presencial, sobretudo em regiões com menor inclusão digital ou entre os segmentos mais vulneráveis da população.

Reunião com o banco

Na última quinta-feira 18, o Sindicato se reuniu com o Itaú para tratar das demissões e também questionar sobre monitoramento, defesa dos trabalhadores dispensados, regras para o teletrabalho e investimentos em tecnologia. Uma nova reunião deve ser agendada na próxima semana.

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