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Chapéu
Sindicato

Bancários ampliam paralisação em São Paulo, Osasco e região

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Conforme previsão do Sindicato, foi ampliado o número de agências bancárias paradas nesta sexta, segundo dia de greve dos bancários. Em São Paulo, Osasco e região, 210 locais estavam fechados até as 14h30, totalizando cerca de 26 mil bancários em greve. A greve, que no primeiro dia atingiu prioritariamente as grandes concentrações dos bancos (no total foram 160 locais de trabalho), foi ampliada hoje (7) para mais 50 agências bancárias. No Centro, 44 locais ficaram parados; na zona Leste, 42; na Norte, 36; na Oeste, 32; na Sul, 14; em Osasco, 18 e na região da Paulista, 24. “Os bancários dos bairros estão fazendo uma bela adesão à greve”, avalia o presidente do Sindicato, Luiz Cláudio Marcolino.

Pela manhã, os bancários fizeram uma atividade muito bem-humorada no Bradesco da rua 15 de Novembro, que ontem foi palco de violência, protagonizada pela Polícia Militar, contra trabalhadores, clientes e jornalistas. Além de distribuir flores à população – até o gerente regional Valdir do Prado ganhou um vaso de urucum – os bancários lavaram a frente da agência pedindo ao Bradesco que pare com o “jogo sujo” contra os grevistas. “Os bancários deram mais uma demonstração de que estão fortemente mobilizados. Apesar de toda violência da PM, ontem, mais trabalhadores aderiram à greve. Esperamos que os banqueiros percebam que a disposição de luta da categoria não vai arrefecer e voltem a negociar, sem mais apelação à violência”, diz o presidente do Sindicato.

Hoje, a partir das 19h, os bancários fazem assembléia na Quadra do Sindicato (Rua Tabantingüera, 192, Sé) para avaliar o movimento.

As reivindicações – A minuta de reivindicações foi entregue aos banqueiros em 11 de agosto e contém 100 cláusulas econômicas e sociais. Saúde é um dos eixos de campanha e há cláusulas de prevenção, reabilitação e isonomia dos trabalhadores afastados com os da ativa. Os bancários querem reajuste salarial de 11,77% (reposição da inflação de 5,69%, ICV Dieese, mais aumento real de 5,75%), PLR maior (um salário mais valor fixo de R$ 788 acrescidos de 5% do lucro líquido distribuídos de forma linear entre os funcionários), valorização dos pisos, garantia de emprego e novas conquistas – como o 14º salário, 13ª cesta-alimentação, proteção salarial (reajuste sempre que a inflação acumulada alcançar 3%). Dentre as cláusulas sociais, há pontos como a promoção da igualdade de oportunidades e o controle de tempo de espera nas filas. Também são reivindicados o fim da terceirização e a recontratação dos terceirizados; ampliação do horário de atendimento ao público para das 9h às 17h, com dois turnos de trabalho; medidas para coibir e combater o assédio moral; continuidade dos trabalhos da Comissão de Segurança Bancária; eleição de delegados sindicais nos locais de trabalho.
A categoria bancária protesta, em greve nacional, contra o reajuste de 4% oferecido pelos banqueiros na última rodada de negociação ocorrida em 20 de setembro.

A categoria – A data-base da categoria é 1º de setembro. O contrato coletivo de trabalho dos bancários é nacional. No Brasil há cerca de 400 mil bancários. Em São Paulo, Osasco e Região são 106 mil trabalhadores distribuídos em torno de 3 mil locais de trabalho. No ano passado, os bancários receberam reajuste salarial que variou entre 8,5% e 12,77% (no piso salarial), contra uma inflação de 6,4%. 
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