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A PLR, que no BB é semestral, será paga da seguinte maneira: 40% do salário, mais valor fixo de R$ 365, mais 4% do lucro líquido distribuído linearmente a todos.
Outras questões específicas da empresa, como plano de cargos e salários, isonomia e parcela Previ permanecem em negociação. "O Banco do Brasil não fechou as portas para os bancários e lá a campanha salarial está avançando. Os funcionários do BB receberão PLR maior conforme reivindicado a todos os bancos. Se eles podem por que os outros não podem?", questiona o presidente do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região, Luiz Cláudio Marcolino.
Greve - Amanhã (5), a partir das 19h, bancários de bancos públicos e privados fazem assembléia na Quadra do Sindicato (Rua Tabatingüera, 192, Sé) para deliberar sobre a greve por tempo indeterminado a partir de quinta-feira, dia 6. Pela manhã, às 9h, o Sindicato tem reunião com a Secretaria de Segurança Pública para tratar dos excessos cometidos pela Polícia Militar durante as atividades da campanha salarial realizadas até agora.
"Esperamos que durante a greve os policiais atuem na defesa dos cidadãos e não contra os direitos dos trabalhadores", diz Marcolino.
Os banqueiros foram avisados, pelos bancários, da recusa da proposta de 4% de reajuste no dia 22 de setembro, em ofício que solicitou a retomada das negociações. "O Sindicato sempre apostou no processo negocial até seu esgotamento, mais isso não está acontecendo este ano por intransigência dos banqueiros que estão apelando e divulgando inverdades, como o desconhecimento da recusa dos bancários e da proposta da categoria. Nossas reivindicações são as mesmas já entregues à Fenaban e absolutamente justas para um setor que lucra tanto. Os bancários não abrirão mão do aumento real e da PLR maior, por isso vão à greve a partir do dia 6", afirma o presidente do Sindicato.
Reivindicações - As reivindicações dos bancários os banqueiros conhecem desde 11/8: reajuste salarial de 11,77%, PLR maior (um salário mais valor fixo de R$ 788 acrescidos de 5% do lucro líquido distribuídos de forma linear entre os funcionários), valorização dos pisos, garantia de emprego e novas conquistas como o 14º salário, 13ª cesta-alimentação, proteção salarial (reajuste sempre que a inflação acumulada alcançar 3%).
Saúde é um dos eixos de campanha e há cláusulas de prevenção, reabilitação e isonomia dos trabalhadores afastados com os da ativa. Dentre as cláusulas sociais, há pontos como a promoção da igualdade de oportunidades e o controle de tempo de espera nas filas. Também são reivindicados o fim da terceirização e a recontratação dos terceirizados; ampliação do horário de atendimento ao público para das 9h às 17h, com dois turnos de trabalho; medidas para coibir e combater o assédio moral; continuidade dos trabalhos da Comissão de Segurança Bancária; eleição
de delegados sindicais nos locais de trabalho.
A categoria - A data-base da categoria é 1º de setembro. No Brasil há cerca de 400 mil bancários. Em São Paulo, Osasco e Região são 106 mil trabalhadores distribuídos em torno de 3 mil locais de trabalho. No ano passado, os bancários receberam reajuste salarial que variou entre 8,5% e 12,77% (no piso salarial), contra uma inflação de 6,4%.