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Sindicato faz ato contra censura na campanha salarial

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Nesta terça (4), a partir das 13h, o Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região realiza ato, em frente à sede da Federação Nacional dos Bancos (Fenaban), para protestar contra a ação cautelar ingressada pela entidade, que resultou em liminar determinando a retirada de toda a propaganda da campanha salarial dos bancários.

“Queremos reunir várias entidades da sociedade para protestar contra a censura dos banqueiros”, diz o presidente do Sindicato, Luiz Cláudio Marcolino. “Se os bancários não podem dizer o que pensam dos banqueiros, vamos deixar o microfone aberto durante o ato para que a população possa se manifestar”, completa o dirigente. Também será exibida, em telão, enquete realizada pelas ruas da cidade com o depoimento de cidadãos a respeito dos bancos e dos banqueiros. A calçada da Fenaban (rua Líbero Badaró, 425) estará toda enfeitada com flores para lembrar que banqueiro não é...

A ação – A ação cautelar inominada com pedido de liminar determina a retirada de todas as propagandas veiculadas na campanha salarial dos bancários que trazia os seguintes dizeres: “Juros altos, tarifas abusivas, filas... banqueiro não é flor que se cheire”, mote da campanha da categoria. A propaganda estava em dezenas de outdoors no site www.spbancarios.com.br (veja como está agora a propaganda censurada) e foi veiculada nos jornais do Sindicato. Para a Federação Brasileira de Bancos (Febraban), que ingressou com o pedido de liminar concedida pelo juiz titular da 18ª Vara Cível, Luiz Beethoven Giffoni Ferreira, os outdoors trazem “dizeres ofensivos à imagem e honra das instituições financeiras de maior destaque nacional e de seus presidentes, expondo a imagem destes e dos bancos sem qualquer autorização”. Ocorre que as fotos utilizadas no outdoor, dos presidentes do Bradesco, Itaú, Unibanco, Banco do Brasil, ABN Real, Santander Banespa, são todas fotos publicadas em veículos de comunicação de grande circulação.

A liminar foi concedida com base nos artigos 1º e 14 da Lei nº 5.250, de 9/2/1967 – da época da ditadura militar, é bom lembrar – que afirmam que não será tolerada propaganda de preconceito de raça ou classe, sob pena de um a quatro anos de prisão. A liminar determina a retirada de todas as propagandas, sejam em outdoors, panfletos, internet, jornais de classe, sob pena de multa diária de 50 mil reais. O Sindicato já recorreu da medida.

Campanha salarial – Os bancários da Caixa Econômica Federal realizam assembléia organizativa e sobre questões específicas na noite de hoje (3). Amanhã (4), às 19h, é a vez do Banco do Brasil. Na quinta, também a partir das 19h, os bancários fazem assembléia geral para deliberar sobre a realização da greve da categoria a partir da quinta, 6/10. Todas acontecem na Quadra dos Bancários (rua Tabatingüera, 192, Sé).
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