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Greve em São Paulo permanece forte no sexto dia. Fenaban apresenta proposta

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Levantamento realizado pelo Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região até as 13h desse sexto dia de greve (10) cerca de 36 mil bancários permanecem em greve em 413 locais de trabalho entre agências e centros administrativos. São 48 locais parados no Centro; 38 na região da Paulista; 116 na Zona Leste; 67 na Zona Oeste; 29 na Zona Sul; 50 na Zona Norte e 65 na região de Osasco. Em São Paulo, Osasco e nos 15 municípios da região de Osasco que estão na base territorial do Sindicato, há cerca de 3 mil locais de trabalho e 106 mil bancários. Na quinta-feira, dia 5, primeiro dia de greve, 517 locais e cerca de 39 mil bancários permaneceram parados durante todo o dia. No dia 6, esse número cresceu para 555 locais e 40 mil trabalhadores. Na segunda, dia 9, mais de 36 mil bancários em 494 locais pararam.

Negociação - Em negociação realizada na manhã desta terça-feira (10), em São Paulo, entre o Comando Nacional dos Bancários e a Federação Nacional dos Bancos, foi apresentada uma nova proposta às reivindicações dos trabalhadores. Os banqueiros propõem reajuste de 3,5% para todas as verbas salariais, o que reapresenta aumento real de 0,63%, considerando que a inflação do período ficou em 2,85% (INPC).

A proposta de Participação nos Lucros e Resultados ficou em 80% do salário, mais R$ 828 (valor fixo do ano passado, corrigido pelos 3,5%), acrescidos de uma parcela adicional que varia entre R$ 1.000 e R$ 1.500 – composta por 8% da diferença entre o lucro líquido de 2005 e 2006 divididos linearmente entre os funcionários.

Na última proposta, a Fenaban oferecia apenas R$ 750 de parcela adicional a serem pagas pelos bancos cujos lucros líquidos crescessem pelo menos 20%.
“Essa proposta ainda é baixa diante do lucro dos bancos, mas traz aumento real de salário e uma alteração importante na composição da PLR, já que essa parcela adicional passa a ser um direito adquirido pelo bancário nas próximas campanhas, e representa uma divisão melhor e mais justa do lucro entre os bancários”, avalia o presidente do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região, Luiz Cláudio Marcolino. “Os bancários decidirão, nas assembléias, se a proposta deve ser aprovada ou se a greve será mantida.”

Bancos públicos - Em reunião na noite de ontem (9), o Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal apresentaram propostas para questões específicas e para a participação nos lucros e resultados (PLR) de seus funcionários.

No BB, cada trabalhador receberia, semestralmente, 95% do salário, mais um valor fixo de R$ 412, mais R$ 1.814 a título de distribuição linear de 4% do lucro líquido do banco apurado neste semestre, além do módulo bônus que varia de acordo com a referência salarial da função. Por exemplo, para o salário de um escriturário que é de R$ 1.100, a PLR semestral a ser paga após o fechamento do acordo nacional, seria de R$ 3.395.

Na CEF, além de uma série de alterações em questões específicas, a PLR prevê o pagamento de 80% do salário mais parcela fixa de R$ 3.167. Por exemplo, para a menor remuneração, a do técnico bancário que tem salário de R$ 1.133, a PLR paga será de R$ 4.105.

Assembléias - Três assembléias estão marcadas para hoje, 10 de outubro. Às 18h acontece a dos empregados da Caixa Federal, na Quadra dos Bancários (rua Tabatingüera, 192, Sé). A do Banco do Brasil, acontece às 19h30, também na Quadra. Já a dos bancos privados e da Nossa Caixa será às 19h, no Centro Trasmontano (rua Tabatingüera, 294).
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