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Apenas bancários da CEF rejeitam proposta e entram em greve

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Trabalhadores de bancos privados, da Nossa Caixa e do BB aprovam reajuste de 6%
Bancários de São Paulo e Osasco de bancos privados, da Nossa Caixa e do Banco do Brasil aprovaram em assembléia, nesta terça-feira, 2 de outubro, proposta que prevê reajuste de 6% nos salários e demais verbas demais verbas, como vale-refeição e cesta-alimentação, conquistando aumento real de 1,13%, o quarto consecutivo.

Pela primeira vez em quatro anos, os bancários aprovaram a proposta sem precisar ir à greve. Neste ano o Comando Nacional dos Bancários propôs um novo modelo de negociação, iniciando a campanha com quatro rodadas agendadas. Ao todo foram nove, apenas sobre cláusulas econômicas.

“Apostamos no processo de negociação. Deixamos claro que só iríamos à greve se não houvesse avanços nos debates. E eles vieram no aumento real, na ampliação do pagamento do adicional à PLR e na conquista da 13ª cesta-alimentação como um novo direito”, disse Luiz Cláudio Marcolino, presidente do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região. “A direção da CEF seguiu na contramão, desperdiçou as rodadas de negociação e se manteve intransigente nas questões específicas, levando os bancários à greve”, destacou.

A proposta aprovada prevê ainda a incorporação da 13ª cesta-alimentação em Contrato Coletivo de Trabalho (CCT), passando a ser um direito adquirido. Neste ano terá valor R$ 252,36 e será depositado até a folha de pagamento de novembro.

Veja como ficou a PLR da categoria
PLR –
A PLR mantém o formato de 80% do salário mais o valor fixo que, reajustado pelos 6%, ficará em R$ 878 na regra básica (teto de R$ 5.826). Os bancos que ao calcularem a distribuição da PLR não atingirem 5% do lucro líquido, devem majorar o valor até chegar a dois salários com teto de R$ 11.652. Pelos cálculos pagam dois salários: Itaú, Bradesco, Unibanco, ABN Real e Santander.

Adicional à PLR – Será de até R$ 1.800, dependendo do crescimento do banco.
Antecipação do pagamento da PLR – Será antecipada 50% da regra básica, a ser paga dez dias após a assinatura da convenção coletiva. Dessa forma, os bancários receberão 40% do salário, mais parcela fixa de R$ 439 limitados a 15% do lucro líquido do primeiro semestre. Na parcela adicional a antecipação será de até R$ 900. A outra metade será paga em março de 2008.

Dias parados – Está garantido ainda que os dias parados de greve até 1º de outubro não serão descontados.

Banco do Brasil
Os trabalhadores do Banco do Brasil também aprovam além da proposta geral da categoria as seguintes questões específicas:

PLR – Os bancários irão receber Participação nos Lucros e Resultados (PLR) no mesmo formato semestral do ano passado corrigido pelo índice de 6%: 4% do lucro líquido distribuído linearmente (R$ 1.169), mais R$ 439 fixos e um percentual de no mínimo 40% do salário bruto.

Plano de Cargos e Salários (PCS) – Foi aprovada a incorporação nos salários da verba fixa de R$ 33 (campanha de 2004), com reflexos em todos os níveis salariais.
Isonomia e igualdade de direitos - Foi aprovado o adiantamento de férias para pagamento em dez meses, adiantamento salarial para cobrir as consignações em atraso, e na devolução das vantagens por desistência de remoção parcelada em dez vezes.

Caixa Econômica Federal
Os bancários da Caixa Econômica Federal rejeitaram a proposta e aprovaram greve por tempo indeterminado a partir desta quarta-feira, 3 de outubro. Os bancários realizam uma assembléia nesta quarta, às 15h30, na Quadra dos Bancários (Rua Tabatingüera, 192, Sé), para definir os rumos do movimento.

A direção do banco não apresentou qualquer avanço na negociação com os empregados ocorrida nesta segunda-feira, 1º de outubro, em Brasília.

A expectativa era de que os representantes da empresa apresentassem propostas em relação à criação de um novo Plano de Cargos e Salários. Os bancários também reivindicam a contratação de mais empregados e a extensão de vale-refeição e da cesta-alimentação aos aposentados.

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