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Bancários de bancos públicos e privados apreciam proposta e deliberam sobre greve

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Os bancários de São Paulo e Osasco realizam nesta terça-feira, 2 de outubro, assembléia a partir das 19h para apreciar proposta que prevê reajuste salarial de 6% e deliberar sobre greve por tempo indeterminado a partir de quarta-feira, 3.

Os Bancários de bancos privados e da Nossa Caixa se reúnem no Centro Transmontano (Rua Tabatingüera, 294, mêtro Sé), os da Caixa Econômica Federal (CEF) na Quadra dos Bancários (Rua Tabatingüera, 192, metrô Sé) e do Banco do Brasil (BB) na Casa de Portugal (Avenida Liberdade, 602, metrô Liberdade). As assembléias serão separadas porque os bancos públicos apreciarão também questões específicas.

“Houve avanços em relação ao aumento real - que já se consolida por quatro anos -, à elevação da parcela adicional em 20% acompanhando o crescimento médio do lucro dos bancos e à incorporação de um novo direito: a 13ª cesta-alimentação. Cabe aos bancários apreciarem a proposta”, disse Luiz Cláudio Marcolino, presidente do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e região. “Em contrapartida, a CEF desperdiçou as rodadas de negociação e se mantém intransigente, o que deixa os bancários da caixa mais próximos da greve”, ressaltou.

Os bancários são uma das poucas categorias que têm um contrato coletivo de trabalho válido nacionalmente. Todas as propostas negociadas na mesa entre Comando Nacional dos Bancários e Federação dos Bancos (Fenaban) valem para toda a categoria e deve ser apreciadas e deliberadas por todos bancários.
Proposta a ser apreciado por toda a Categoria:

Índice - Reajuste salarial de 6%, representando aumento real de 1,13% para salários e demais verbas, como vale-refeição e cesta-alimentação.

PLR – A PLR mantém o formato de 80% do salário mais o valor fixo que, reajustado pelos 6%, ficaria em R$ 878 na regra básica (teto de R$ 5.826). Os bancos que ao calcularem a distribuição da PLR não atingirem 5% do lucro líquido, devem majorar o valor até chegar a dois salários com teto de R$ 11.652. Pagariam dois salários: Itaú, Bradesco, Unibanco, ABN Real e Santander. O pagamento seria feito da seguinte maneira: metade até dez dias após a assinatura do acordo e a outra metade em março de 2008.

Adicional à PLR – Será de até R$ 1.800, dependendo do crescimento do banco.
Antecipação do pagamento da PLR – Será antecipada 50% da regra básica, a ser paga dez dias após a assinatura da convenção coletiva. Dessa forma, os bancários receberão 40% do salário, mais parcela fixa de R$ 439 limitados a 15% do lucro líquido do primeiro semestre. A parcela adicional que também será antecipada e paga dez dias após a assinatura da convenção coletiva será de até R$ 900.

Dias parados – A proposta também prevê que os dias parados de greve até 1º de outubro não sejam descontados.

Negociações - A proposta saiu na nona rodada de negociação sobre cláusulas econômicas, realizada nesta segunda-feira, 1º de outubro, e após a paralisação de 24 horas da sexta, 28 de setembro. Na anterior, os bancos haviam proposto 5,2% de reajuste, valor prontamente rejeitado pelo Comando Nacional dos Bancários. Os bancários já haviam rejeitado em assembléia, em 19 de setembro, reajuste salarial de 4,82%, que representava apenas a reposição da inflação.

Proposta Específica Banco do Brasil
PLR -
Na Participação nos Lucros e Resultados (PLR) o banco propõe manter o mesmo formato semestral do ano passado corrigido pelo índice de 6%: 4% do lucro líquido distribuído linearmente (R$ 1.169), mais R$ 439 fixos e um percentual de no mínimo 40% do salário bruto.

Plano de Cargos e Salários (PCS) - Incorporação nos salários da verba fixa de R$ 33 (campanha de 2004), com reflexos em todos os níveis salariais.

Isonomia e igualdade de direitos - Adiantamento de férias para pagamento em dez meses, no adiantamento salarial para cobrir as consignações em atraso, e na devolução das vantagens por desistência de remoção parcelada em dez vezes.

Caixa Econômica Federal
A direção do banco não apresentou qualquer avanço na negociação com os empregados ocorrida nesta segunda-feira, 1º de outubro, em Brasília.

A expectativa era de que os representantes da empresa apresentassem propostas em relação à criação de um novo Plano de Cargos e Salários. Os bancários também reivindicam a contratação de mais empregados e a extensão de vale-refeição e da cesta-alimentação aos aposentados.
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