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Dois mil bancários da CEF param em SP e Osasco na quarta, 3, primeiro dia de greve

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Os bancários da Caixa Econômica Federal entraram em greve por tempo indeterminado nesta quarta-feira, 3 de outubro. A decisão foi tomada por unanimidade pelos mais de 700 bancários que compareceram à assembléia desta terça-feira, 2.

Balanço parcial revela que até as 12h desta quarta, a paralisação atingia 80 agências e cinco prédios administrativos na capital paulista, Osasco e Região, abrangendo dois mil bancários, dos oito mil que atuam na base do Sindicato.

Os trabalhadores protestam contra o banco federal que não apresentou propostas às reivindicações específicas na negociação ocorrida nesta segunda-feira, 1º de outubro. Ainda não há nova rodada agendada.

“A intransigência da CEF na mesa de negociação levou os bancários à greve. Assim como os outros bancos, a Caixa tem condições de responder às reivindicações dos trabalhadores”, disse Luiz Cláudio Marcolino, presidente do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e região.

A expectativa era de que os representantes da empresa apresentassem propostas em relação à criação de um novo Plano de Cargos e Salários e de uma Participação nos Lucros e Resultados (PLR) maior. Os bancários também reivindicam a contratação de mais empregados, a extensão do vale-refeição e da cesta-alimentação aos aposentados, além da isonomia de direitos entre bancários novos e antigos.

Em São Paulo e Osasco apenas os bancários da CEF estão em greve. Eles realizam uma assembléia, hoje, 3, às 15h30, na Quadra dos Bancários (Rua Tabatingüera, 192, Sé) para definir os próximos passos do movimento.

Outros bancos - Os demais bancários de bancos privados, da Nossa Caixa e do Banco do Brasil aprovaram proposta negociada entre o Comando Nacional dos Bancários e a Federação dos Bancos (Fenaban) que prevê reajuste de 6%, sendo 1,13% de aumento real, além do pagamento da 13ª cesta-alimentação no valor de R$ 252,36 a ser incorporada ao Contrato Coletivo de Trabalho (CCT), tornando-se um direito adquirido.

A proposta aprovada garante ainda pagamento de Participação nos Lucros e Resultados (PLR) composta por 80% do salário mais valor fixo de R$ 878, podendo totalizar dois salários. A este montante será acrescido adicional à PLR de até R$ 1.800, dependendo do crescimento do lucro de cada banco. Os bancários terão pagamento antecipado de 50% dos valores da PLR e de seu adicional para 10 dias após a assinatura do acordo, previsto para outubro. A outra metade será paga até março de 2008.

Banco do Brasil - Os bancários do BB além da proposta geral da categoria aprovaram as seguintes questões específicas:
*PLR – Os bancários irão receber Participação nos Lucros e Resultados (PLR) no mesmo formato semestral do ano passado corrigido pelo índice de 6%: 4% do lucro líquido distribuído linearmente (R$ 1.169), mais R$ 439 fixos e um percentual de no mínimo 40% do salário bruto.

*Plano de Cargos e Salários (PCS) – Foi aprovada a incorporação nos salários da verba fixa de R$ 33 (campanha de 2004), com reflexos em todos os níveis salariais.

*Isonomia e igualdade de direitos - Foi aprovado o adiantamento de férias para pagamento em dez meses, adiantamento salarial para cobrir as consignações em atraso, e na devolução das vantagens por desistência de remoção parcelada em dez vezes.

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