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Trabalhadores da Nossa Caixa e de outras empresas públicas paulistas protestam contra privatizações

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Bancários da Nossa Caixa e outros trabalhadores de empresas que estão no alvo das privatizações do governo José Serra realizam um ato, nesta segunda, 8 de outubro, às 10h, em frente à Secretaria da Fazenda, na Rua Rangel Pestana, 300, Sé.

A manifestação acontece antes do anúncio do nome da empresa vencedora da licitação aberta pelo governo para calcular o valor e gerenciar todo o processo de privatização das empresas públicas paulistas. Além do banco Nossa Caixa passarão pelo processo de avaliação empresas como: Cesp, Sabesp, Metrô, CDHU, CPTM, Cetesb, Dersa e EMTU entre outras.

“Vamos defender o patrimônio público. Todos os estados necessitam de um banco fomentador do desenvolvimento regional. Queremos bancos públicos como agentes do desenvolvimento e da inclusão social, por meio do crédito a quem precisa e atuando como gerador de emprego e renda. Esse é o papel do banco público”, disse, Luiz Cláudio Marcolino, presidente do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e região.

Histórico – Em 31 de agosto de 2007, governador José Serra enviou à Assembléia Legislativa um Projeto de Lei autorizando a transferência de 70% dos depósitos judiciais e administrativos existentes na Nossa Caixa para a conta única do Tesouro Estadual.

O projeto do governador foi enviado à Alesp em caráter de urgência. Serra quer alterar a destinação dos depósitos judiciais em que o Estado é parte da ação e transferir para o caixa único do Tesouro.

A Nossa Caixa tem um acordo com o TJ-SP de exclusividade de 15 anos (desde outubro de 2002) pelo qual os depósitos judiciais na esfera da Justiça Estadual devem ser feitos no banco.

Em março de 2007, o governo do Estado de São Paulo sacou R$ 2,1 bilhões, que representa 80% do patrimônio do banco, em troca da manutenção das contas da folha de pagamento do funcionalismo por cinco anos.

Em 2001, foi aprovada na Assembléia Legislativa a venda de 48% das ações e de sete subsidiárias da Nossa Caixa. 28% das ações já foram vendidas. É quase certa a venda das ações restantes, até completar o total de 48%. Apesar de essa realidade ainda não tirar o controle do Estado sobre o banco, como o governo de José Serra tem maioria na Assembléia, os bancários não descartam a triste possibilidade de haver mudança de regras para permitir a venda total do banco público.
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