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Após 15 dias de greve, bancários aceitam proposta e voltam ao trabalho

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Os bancários de São Paulo, Osasco e região de bancos privados, da Nossa Caixa e do Banco do Brasil decidiram em assembléia, realizada na noite desta quarta, 22 de outubro, encerrar a greve - que completou 15 dias -, e aceitaram proposta da federação dos bancos (Fenaban): reajuste salarial de 10% para quem ganha até R$ 2.500 e de 8,15% para as demais faixas salariais, representando aumento real de 2,66% e 1% respectivamente.

As demais verbas, como os vales alimentação, refeição, auxílio-creche/babá e a 13ª cesta-alimentação serão reajustados pelos 8,15%. As diferenças salariais e das verbas vêm na folha de pagamento do mês de novembro. Bancários da Caixa mantêm a greve.

"Graças a greve da categoria, conquistamos aumento real pelo quinto ano consecutivo e conseguimos ampliar a regra básica da PLR – que os bancos se recusam em modificar - o que garante ganhos não só neste ano, como também nos seguintes", disse Luiz Cláudio Marcolino, presidente do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região.

PLR - A proposta prevê aumento também para a Participação nos Lucros e Resultados (PLR): a regra básica que era de 80% do salário mais R$ 878 passa para 90% do salário mais R$ 966, com teto de R$ 6.301. Os bancos que ao pagarem a regra básica não distribuírem 5% do lucro, devem majorar o valor até 2,2 salários, com teto de R$ 13.862. No ano passado, o limite era de dois salários. A primeira parcela da PLR (50%) deve ser paga até 10 dias após a assinatura do acordo.
Adicional à PLR –  Calculada a partir da variação do crescimento lucro. A parcela adicional será de até R$ 1.980.

Dias parados – Compensação dos dias parados - entre o dia 30 de setembro e 22 de outubro - até o dia 15 de dezembro. Passado o prazo, o que não for compensado será anistiado.

BANCO DO BRASIL
Os bancários do Banco do Brasil, além da proposta geral da categoria, também aprovam as seguintes questões específicas.

Reajuste - O índice de 10% será aplicado em todos os níveis do Plano de Cargos e Salários (PCS). As comissões até R$ 2.500 serão reajustadas em 10%, acima desse valor serão corridas em 8,15%.

Bônus 200 anos – O banco distribuirá o valor de R$ 120 milhões, divididos de forma linear entre os funcionários, o que dará em torno de R$ 1.300.
PLR - Pagamento de 4% do lucro líquido, distribuídos de forma linear (R$ 1.916,54), mais 45% do salário, acrescidos de valor fixo de R$ 483 (a metade do valor fixo da Fenaban).

Plano Odontológico - O BB concordou em implantar o Plano Odontológico até 30 de junho de 2009, sem ônus para os funcionários. O custo da implantação será arcado pelo banco.

Mesas temáticas – O BB concorda com a instalação de mesas temáticas para tratar de assuntos definidos em comum acordo entre as partes, dentre os quais terceirização, assédio moral, PCCS (lateralidade, remuneração etc.). Nos próximos 15 dias, será instalada a mesa que tratará dos assuntos referentes à incorporação do Besc.

CAIXA – Os bancários da Caixa - de São Paulo, Osasco e região – decidiram manter a greve por tempo indeterminado. Os trabalhadores reivindicam que como no ano passado, haja uma PLR diferenciada. Se for mantida a mesma da categoria, os empregados da Caixa receberão menos do que no ano passado a título de PLR. Outro entrave é o desconto dos dias parados.A Caixa apresentou parte de uma proposta já no meio do dia de hoje o que dificultou sua apreciação na assembléia. "Esperamos que a Caixa reabra as negociações para avançarmos nas questões específicas", ressaltou Marcolino.
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