Os bancários da Caixa Federal - de São Paulo, Osasco e região – decidiram em assembléia, nesta sexta-feira, 24 de outubro, encerrar a greve que durou 17 dias. Os trabalhadores aprovaram proposta geral da federação dos bancos (Fenaban) que prevê reajuste salarial de 10% para quem ganha até R$ 2.500 e de 8,15% para as demais faixas salariais, representando aumento real de 2,66% e 1%respectivamente.
Os empregados da Caixa voltam ao trabalho nesta segunda, 27. Os trabalhadores dos demais bancos públicos e privados já tinham aprovado proposta e retornado ao trabalho.
“Essa greve forte resultou na valorização do Plano de Cargos e Salários (PCS) e na garantia de aumento real”, disse Luiz Cláudio Marcolino, presidente do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região.
As demais verbas, como os vales alimentação, refeição, auxílio-creche/babá e a 13ª cesta-alimentação serão reajustados pelos 8,15%. As diferenças salariais e das verbas vêm na folha de pagamento do mês de novembro.
PLR - A proposta prevê aumento também para a Participação nos Lucros e Resultados (PLR): a regra básica que era de 80% do salário mais R$ 878 passa para 90% do salário mais R$ 966, com teto de R$ 6.301. Os bancos que ao pagarem a regra básica não distribuírem 5% do lucro, devem majorar o valor até 2,2 salários, com teto de R$ 13.862. No ano passado, o limite era de dois salários. A primeira parcela da PLR (50%) deve ser paga até 10 dias após a assinatura do acordo, marcada para o dia 30 de outubro.
Adicional à PLR – Calculada a partir da variação do crescimento lucro. A parcela adicional será de até R$ 1.980.
Dias parados – Compensação dos dias parados - entre o dia 30 de setembro e 23 de outubro - até o dia 16 de dezembro. Passado o prazo, o que não for compensado será anistiado.
Proposta específica
Além da proposta geral que vale para todos os bancários de bancos públicos e privados o país, os trabalhadores da Caixa aprovaram as seguintes questões específicas.
* Aplicação de 10% em todas as referências salariais do PCS das carreiras administrativas e profissionais, mantendo os percentuais entre as referências salariais. Dessa forma, o piso da tabela do PCS (Referência 201) passaria de R$ 1.244 para R$ 1.369.
* Negociação para a construção de proposta para o Plano de Cargos e Carreiras (PCC). O projeto será discutido até 30 de junho de 2009, a implantação começa no segundo semestre de 2009 com finalização até dezembro de 2009.
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