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Bancários de SP e Osasco mantêm greve nesta terça, 14, e promovem ato no TRT

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Os bancários de São Paulo, Osasco e Região decidiram, há pouco em assembléia, manter a greve nesta terça-feira, 14 de outubro. Os trabalhadores também deliberaram pela realização de um ato no mesmo dia às 14h, em frente ao Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região (Rua da Consolação, 1.272), onde acontece audiência de conciliação sobre dissídio de greve. E no fim do ato, está marcada uma assembléia para avaliar a paralisação e organizar a greve do dia seguinte.

"Apesar da ação policial, medidas judiciais, constrangimento para tentar obrigar os bancários a voltar ao trabalho, a categoria mantém uma greve forte. Enquanto a Fenaban não apresentar uma proposta que corresponda às reivindicações dos trabalhadores, a greve continua", disse Luiz Cláudio Marcolino, presidente do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região.
 
Balanço – Balanço final aponta que nesta segunda-feira, 13 de outubro, sexto dia de greve, 23.200 bancários aderiam à paralisação em São Paulo, Osasco e região, o que representa 19,3% da base deste Sindicato. Foram paralisados os trabalhos em 659 agências bancárias e nos centros administrativos do Unibanco na Praça do Patriarca e na Rua Boa Vista, no Centro Administrativo São Paulo (Casp) do HSBC, na Vila Leopoldina, nos prédios administrativos do Banco do Brasil, da Rua Verbo Divino e do Complexo São João, além do prédio da Aymoré, financeira do banco Real, na região central da capital paulista.

Aumento – A categoria quer aumento real de 5% (além da inflação de 7,15%), valorização dos pisos, auxílio-creche de R$ 415, vale-refeição de R$ 17,50 por dia, além de Participação nos Lucros e Resultados (PLR) composta de três salários mais valor fixo de R$ 3.500. Os bancários rejeitaram no dia 24 de setembro proposta dos banqueiros que previa reajuste de 7,5% e PLR menor do que a paga no ano passado. Até agora não há negociação marcada.

TRT - Apesar de cumprir todas as determinações previstas na Lei de Greve, como prazos, edital de convocação e realização de assembléia, o Sindicato foi surpreendido com a determinação de manter atendimento mínimo de 70%, em agências das cidades paulistas durante os dias de greve.

A liminar concedida pela promotora Okasana Maria Dziura Boldo, do Ministério Público do Trabalho de São Paulo, prevê audiência de conciliação com a federação dos bancos (Fenaban) a ser realizada na nesta terça-feira, 14 de outubro. Para o Sindicato, a Lei de Greve é superior às demais.

"O que vale é a vontade dos trabalhadores, que estão exercendo seu direito e fazendo uma greve forte nos últimos dias. Terça-feira a paralisação continua", disse Luiz Cláudio Marcolino, presidente do Sindicato.

O dirigente lembra que nos dias de greve os trabalhadores não interferiram no funcionamento do auto-atendiemento, que ficou livre para o acesso e utilização da população. Vale lembrar ainda que em nenhum país do mundo o serviço bancário é considerado como essencial, dispensando percentual de atendimento mínimo.

O Sindicato irá defender o cumprimento da Lei de Greve. "Buscamos resolver a campanha na mesa de negociação, mas os banqueiros, que dominam um dos setores mais lucrativos do país graças às tarifas e aos juros cobrados da população, recusam-se a apresentar uma proposta digna à categoria e a oferecer um atendimento melhor a seus clientes. A Fenaban, que empurrou os trabalhadores à greve, pode dar um fim às mobilizações, reabrindo as negociações", ressaltou Marcolino.
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