A proposta prevê aumento também para a participação nos lucros e resultados (PLR): a regra básica (80% do salário mais R$ 878) seria alterada para 90% do salário mais R$ 966 – valor da parte fixa reajustado também em 10%. Para os bancos que distribuírem menos de 5% do lucro, o teto do pagamento subiria de dois salários para 2,2 salários.
"Essa foi uma importante conquista. Sempre dissemos que o modelo estava ultrapassado, era injusto. Essa alteração é a primeira mudança importante da regra básica desde 1997", destaca o presidente do Sindicato, Luiz Cláudio Marcolino. A primeira parcela da PLR (50%) deve ser paga até 10 dias após a assinatura do acordo.
A regra da parcela adicional – conquista de 2006 – continua igual e de acordo com o crescimento do lucro pode atingir o teto de R$ 1.980. Será necessário aguardar o resultado do desempenho dos bancos em 2008 para saber quanto cada trabalhador receberá.
As demais verbas, como os vales alimentação, refeição, auxílio-creche/babá e a 13ª cesta-alimentação seriam reajustadas pelos 8,15%. As diferenças salariais e das verbas vêm na folha de pagamento do mês de novembro.
Avaliação – Não agrada ao Sindicato a proposta de reajustes diferenciados e a PLR ainda está aquém do que os banqueiros poderiam pagar. A Fenaban, no entanto, anunciou que essa é a última proposta que pretende apresentar. Marcolino ressalta que a proposta foi arrancada com a mais dura greve e que contou com a maior participação de trabalhadores dos bancos privados dos últimos 19 anos. "A proposta tem aumento real que varia entre 1% e 2,66%. E a regra básica da PLR também melhora, uma conquista que fica para os próximos anos", diz Marcolino.
Assembléia – As assembléias que começam às 19h serão separadas, já que além da proposta da Fenaban que vale para todos os 434 mil bancários do país, o Banco do Brasil apresentou proposta para questões específicas e a Caixa Federal, não.
Assim, na Quadra (Rua Tabatingüera, 192, Sé) reúnem-se os funcionários do Banco do Brasil. No Centro Transmontano (Rua Tabatingüera, 294, Sé) acontece a assembléia dos bancários de bancos privados, Nossa Caixa e outros. "Vamos votar se aceitamos a proposta e encerramos a greve, ou se mantemos o movimento sabendo que há risco de a greve ser julgada pelo tribunal do trabalho"
Os empregados da Caixa Federal fazem assembléia na Associação Okinawa (Rua Thomas de Lima, 72, próximo à Praça João Mendes) e diante da falta de proposta do banco – que só se reúne com o Comando dos Bancários na manhã desta quarta-feira, 22 – a greve deve continuar até que os trabalhadores tenham o que apreciar.
Dias parados – O Comando Nacional dos Bancários manifestou à Fenaban que não aceita o desconto dos dias parados, o que travou a negociação por muitas horas. A Fenaban, no entanto, não aceita anistiar os dias em greve e propôs a compensação dos dias parados, entre o dia 30 de setembro (quando aconteceu a paralisação de 24 horas) e 22 de outubro, quando a greve pode ser encerrada, caso os bancários aceitem a proposta. A compensação aconteceria até o dia 15 de dezembro. Passado esse período, o que não for compensado será anistiado.
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Proposta Fenaban<?xml:namespace prefix = o ns = "urn:schemas-microsoft-com:office:office" /> | |
Item |
Valor - em R$ |
Reajusta salarial |
10% até 2.500 |
PLR* |
90% + 966 |
Adicional à PLR** |
1.320 a 1.980 |
Piso - Portaria |
706,23 |
Piso - Escritório |
1.013,64 |
Piso - Caixa |
1.416,51 |
Piso - Tesoureiro |
1.416,51 |
Auxílio-Refeição |
15,92 |
Cesta-Alimentação |
272,93 |
Auxílio-Creche/Babá |
196,18 |
13ª Cesta-Alimentação |
272,93 |
*O teto da PLR é de R$ 6.301.
** Pagamento da parcela adicional está vinculado ao crescimento do lucro líquido do banco de 2007 para 2008
Para a parcela fixa da PLR, ao valor adicional e aos pisos foi aplicado o índice de 10%
O índice de 8,15% foi aplicado para as verbas – auxílio-alimentação, vale-refeição entre outros.
Elaboração: DIEESE Subseção SESE/Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região