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Greve dos bancários envolve mais 35 mil trabalhadores em São Paulo e Osasco

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Os bancários de São Paulo, Osasco e região decidiram há pouco manter a greve nesta sexta-feira, 10 de outubro, e segunda-feira, 13, já que a federação dos bancos (Fenaban) não reabriu as negociações com a categoria.

Nesta quinta-feira, 9, segundo dia de greve, pararam 744 agências bancárias e 11 centros administrativos, onde estão instaladas as centrais de atendimento telefônico e da área de sistemas do Itaú, Bradesco, Real, Unibanco, Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal. Estima-se que 35.150 bancários foram abrangidos pela greve, o que representa 29,3% dos 120 mil trabalhadores da base de São Paulo, Osasco e Região. Os call center do Itaú, Real e Bradesco abriram por volta das 13h por meio de interdito proibitório (leia mais sobre essa medida judicial no www.spbancarios.com.br ) e força policial acionada pelos bancos.

"A greve está cada dia mais forte. Os banqueiros já conhecem há quase dois meses quais são as nossas reivindicações e têm condições de atendê-las. Enquanto a federação dos bancos não apresentar uma proposta à altura do trabalho empenhado pelos bancários, a greve continua", disse Luiz Cláudio Marcolino, presidente do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região.

Aumento – A categoria quer aumento real de 5% (além da inflação de 7,15%), valorização dos pisos, auxílio-creche de R$ 415, vale-refeição de R$ 17,50 por dia, além de Participação nos Lucros e Resultados (PLR) composta de três salários mais valor fixo de R$ 3.500. Os bancários rejeitaram no dia 24 de setembro proposta dos banqueiros que previa reajuste de 7,5% e PLR menor do que a paga no ano passado. Até agora não há negociação marcada.

Passeata – Os bancários realizam uma passeata pela região central da cidade nesta sexta-feira, 9, a partir das 15h, saindo da Bolsa de Valores de São Paulo, na Rua 15 de Novembro.

Assembléia – Os bancários realizam assembléia na próxima segunda-feira, 13, às 17h, na Quadra dos Bancários (Rua Tabatingüera, 192 – Sé) para avaliar e definir os próximos passos da campanha.

Porque os bancos podem atender as reivindicações

Lucro – O lucro dos nove maiores bancos instalados no país subiu 15,8% no primeiro semestre de 2008 (R$ 19,4 bi) em relação ao mesmo período de 2007 (R$ 16,8 bi).

Operações de crédito – Os bancários se esforçaram para aumentar as operações de crédito dos bancos, que cresceram 34% nos primeiros seis meses deste ano em comparação ao mesmo período do ano passado.

Tarifas bancárias – A terceira maior receita dos bancos, a de prestação de serviços dos nove maiores bancos somou R$ 25 bi nos seis primeiros meses deste ano. Essa arrecadação é suficiente para cobrir os gastos com despesa de pessoal (R$ 19,3 bi) e ainda sobram mais 30%.

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