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Proposta apresentada pela Fenaban ainda é baixa

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Na primeira negociação desde o início da greve, há nove dias, o Comando Nacional dos Bancários rejeitou proposta da federação dos bancos (Fenaban), considerada ainda baixa pelos dirigentes sindicais. A proposta prevê reajuste de 9% para os salários até R$ 1.500 e 7,5% para quem ganha acima desse valor. Os bancários reivindicam 5% de aumento real (além da inflação de 7,15%). Para o vale-refeição, o vale-alimentação e o auxílio-creche o reajuste proposto foi de 7,5%, bem abaixo da reivindicação da categoria: auxílio-creche e vale-alimentação de R$ 415, além de vale-refeição de R$ 17,50 por dia. Em relação à Participação nos Lucros e Resultados (PLR), os banqueiros propuseram manter a mesma formulação de regra básica (80% do salário mais valor fixo de R$ 957,02 já corrigido pelos 9%). O valor adicional à PLR, de acordo com variação do crescimento do lucro, poderá chegar, corrigido pelos 9%, a R$ 1.962. O problema é que só pagam valor adicional este ano, os bancos cujos lucros cresceram pelo menos 15%, o que excluiria a maior parte dos bancários.

"A proposta é inferior ao reivindicado pelos bancários. Amanhã as negociações continuam e vamos buscar melhorar a proposta, já que os bancos somaram resultados extraordinários – seja em lucro, rentabilidade e ativos – e têm condições de apresentar uma proposta à altura do empenho dos bancários", disse Luiz Cláudio Marcolino, presidente do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região.

Assembléia – Os bancários de São Paulo, Osasco e região participam logo mais, às 19h, de assembléia para definir os rumos da campanha (Quadra dos Bancários, 192, Sé).

Balanço – Balanço final aponta que nesta quinta-feira, 16 de outubro, nono dia de greve, 17.330 bancários aderiram à paralisação em São Paulo, Osasco e região, o que representa 14,5% da base deste Sindicato. Foram paralisados os trabalhos em 504 agências bancárias e nos centros administrativos do Unibanco da Rua Boa Vista e da Praça do Patriarca, nos prédios administrativos da Caixa Econômica Federal na Sé, Brás, Paulista e Santo Amaro, além do Banco do Brasil nos complexos São João, Verbo Divino e da Vila Mariana.

Aumento – A categoria quer aumento real de 5% (além da inflação de 7,15%), valorização dos pisos, auxílio-creche de R$ 415, vale-refeição de R$ 17,50 por dia, além de Participação nos Lucros e Resultados (PLR) composta de três salários mais valor fixo de R$ 3.500. Os bancários rejeitaram no dia 24 de setembro proposta dos banqueiros que previa reajuste de 7,5% e PLR menor do que a paga no ano passado.
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