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Sem proposta da Fenaban, bancários fortalecem greve que chega ao seu 14º dia

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A federação dos bancos (Fenaban) desperdiçou a chance de abrir caminhos para por fim a greve dos bancários. Após três dias de negociação, os banqueiros não apresentaram proposta digna aos trabalhadores e levaram os bancários de São Paulo, Osasco e região ao 14º dia greve, nesta terça-feira, 21 de outubro. Serão intensificadas as paralisações na região central da capital paulista.

"A greve dos bancários ficará mais forte em reposta aos banqueiros que ficam enrolando na mesa de negociação. Os trabalhadores querem chegar a um acordo por meio de uma proposta que corresponda às expectativa da categoria", disse Luiz Cláudio Marcolino, presidente do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região.

Nas negociações desta segunda-feira, 20, os banqueiros acenaram com a possibilidade de apresentar uma nova proposta, mas retrocederam e marcaram uma nova rodada para as 18h desta terça-feira, 21, impossibilitando a realização da assembléia que aconteceria às 19h. Desta forma os banqueiros jogaram fora mais uma vez a chance de os trabalhadores apreciarem algum resultado da negociação. 

Ao mesmo tempo em que negociava com os trabalhadores, a Fenaban oficiou o Tribunal Regional do Trabalho (TRT) denunciando que os bancários permanecem em greve e solicitando ao desembargador que incluísse a Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) e Federação dos Bancários da CUT (Fetec-CUT) no dissídio de greve.

> Leia o oficio encaminhado  pela Fenaban.

"Com essa atitude, a Fenaban deixou claro a intenção de levar a Campanha Nacional dos Bancários para o tribunal. Historicamente essas decisões têm se mostrado desfavoráveis aos trabalhadores", afirma o presidente do Sindicato, Luiz Cláudio Marcolino, destacando que os banqueiros agiram de forma desrespeitosa. "As negociações estão acontecendo e a proposta que corresponda as reivindicações da categoria, assim que apresentada, será levada às assembléias, conforme acordado, e isso é o que o Sindicato informou ao TRT. Levar a campanha para o tribunal quebra uma relação de mais de uma década de decisões retiradas das mesas de negociação", completou.
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