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Bancários chegam nesta segunda 5 ao 12º dia de greve

Linha fina
Paralisação será mais concentrada em prédios administrativos
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Os bancários chegam ao 12º dia de greve, nesta segunda-feira 5 de outubro. Além das agências bancárias da região central da capital paulista e da Avenida Paulista, a paralisação em São Paulo, Osasco e região será mais concentrada nos prédios administrativos onde estão escritórios dos presidentes dos bancos: Roberto Setubal, do Itaú Unibanco, no Centro Empresarial Itaú Conceição (Ceic), na estação Conceição do metrô; Luiz Carlos Trabuco, do Bradesco, na Cidade de Deus, em Osasco; Fábio Barbosa, do Santander na matriz do banco Real (adquirido pelo banco espanhol) nas proximidades da estação Trianon, na Avenida Paulista; J. Safra no Safra da Paulista, nas proximidades da estação Consolação do Metrô. Mais de 20 mil bancários trabalham nestes locais.

A manutenção da greve foi decidida pelos trabalhadores após as duas rodadas de negociação, entre o Comando Nacional dos Bancários e federação dos bancos (Fenaban), realizadas nos dias 1º e 2 de outubro, terminarem sem propostas dos banqueiros. Os negociadores da Fenaban afirmaram que encaminharam as simulações discutidas aos respectivos bancos e que agora quem decide são os donos dos bancos.

“As negociações terminaram sem proposta por parte dos banqueiros. A greve só termina quando os bancários puderem deliberar sobre uma proposta que preveja aumento real de salários, Participação nos Lucros e Resultados (PLR) maior e mais justa, proteção aos empregos, fim do assédio moral e das metas abusivas”, disse Luiz Cláudio Marcolino, presidente do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região. A greve continua e será ampliada. As negociações têm de render ganhos aos trabalhadores. O fim da greve está nas mãos dos banqueiros.”

Assembleia – Os bancários realizam nova assembleia nesta segunda-feira  5, às 17h, na quadra da categoria (Rua Tabatinguera, 192 – Sé) para decidir os rumos do movimento.

Reivindicações - A categoria reivindica 10% de reajuste salarial (sendo 5% de aumento real), Participação nos Lucros e Resultados (PLR) composta pelo pagamento de três salários, acrescidos de valor fixo de R$ 3.850. Os trabalhadores também querem a inclusão na Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) de uma cláusula de proteção ao emprego em caso de fusão. Os bancários exigem ainda o fim do assédio moral e das metas abusivas, práticas que provocam o adoecimento dos trabalhadores.

Dados da categoria – Os bancários são uma das poucas categorias no país que possuem acordo coletivo de trabalho com validade nacional. Todos os direitos conquistados têm legitimidade em todo o país. A categoria conta com 465 mil bancários no país, sendo 134 mil na base do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região.
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