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A manutenção da greve foi decidida pelos trabalhadores após as duas rodadas de negociação, entre o Comando Nacional dos Bancários e federação dos bancos (Fenaban), realizadas nos dias 1º e 2 de outubro, terminarem sem propostas dos banqueiros. Os negociadores da Fenaban afirmaram que encaminharam as simulações discutidas aos respectivos bancos e que agora quem decide são os donos dos bancos.
“As negociações terminaram sem proposta por parte dos banqueiros. A greve só termina quando os bancários puderem deliberar sobre uma proposta que preveja aumento real de salários, Participação nos Lucros e Resultados (PLR) maior e mais justa, proteção aos empregos, fim do assédio moral e das metas abusivas”, disse Luiz Cláudio Marcolino, presidente do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região. A greve continua e será ampliada. As negociações têm de render ganhos aos trabalhadores. O fim da greve está nas mãos dos banqueiros.”
Assembleia – Os bancários realizam nova assembleia nesta segunda-feira 5, às 17h, na quadra da categoria (Rua Tabatinguera, 192 – Sé) para decidir os rumos do movimento.
Reivindicações - A categoria reivindica 10% de reajuste salarial (sendo 5% de aumento real), Participação nos Lucros e Resultados (PLR) composta pelo pagamento de três salários, acrescidos de valor fixo de R$ 3.850. Os trabalhadores também querem a inclusão na Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) de uma cláusula de proteção ao emprego em caso de fusão. Os bancários exigem ainda o fim do assédio moral e das metas abusivas, práticas que provocam o adoecimento dos trabalhadores.
Dados da categoria – Os bancários são uma das poucas categorias no país que possuem acordo coletivo de trabalho com validade nacional. Todos os direitos conquistados têm legitimidade em todo o país. A categoria conta com 465 mil bancários no país, sendo 134 mil na base do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região.