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Bancários repudiam ajuizamento de dissídio pela Caixa

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Os bancários da Caixa Econômica Federal chegam nesta sexta 16 ao 23º dia de greve, com assembleia às 16h na Quadra dos Bancários (Rua Tabatinguera, 192, Sé). O Comando Nacional dos Bancários vai orientar a continuidade da greve e a desautorização de ajuizamento de dissídio coletivo, já que os representantes dos trabalhadores avaliam que o processo de negociação ainda não está esgotado. Além disso, para que o  dissídio venha a ser julgado, é necessária a concordância das entidades sindicais que se apresentam em mesa de negociação como representativas dos trabalhadores.

O Comando Nacional dos Bancários está em Brasília há dois dias – desde que a proposta da Caixa foi rejeitada, no dia 14, em assembleias de trabalhadores de todo o Brasil –, tentando buscar uma solução negociada com a direção do banco.

“As negociações ainda não foram esgotadas. Queremos resolver a campanha na mesa de negociação. Não será de forma unilateral que a Caixa resolverá os impasses”, disse Luiz Cláudio Marcolino, presidente do Sindicato dos Bancários e membro do Comando Nacional dos Bancários.

Desrespeitando decisão de milhares de bancários, a direção da Caixa protocolou no final da tarde de quinta 15, no Tribunal Superior do Trabalho (TST), ação de dissídio coletivo, com pedido de liminar para declaração de abusividade da greve e para que o TST determine o imediato retorno dos empregados ao trabalho.

Histórico - A última negociação entre representantes dos bancários e a direção Caixa foi realizada na terça 13, e não há data marcada para nova rodada. Na ocasião, a direção da Caixa apresentou uma proposta que trouxe modificações apenas em relação à Participação nos Lucros e Resultados (PLR).

PLR – O banco se comprometeu a pagar de PLR o que for mais vantajoso para cada bancário: a proposta da federação dos bancos (Fenaban) ou a específica da Caixa.
Pela regra da Fenaban, os bancários receberiam a regra básica composta por 90% do salário, mais valor fixo de R$ 1.024. Além disso, o funcionário receberia valor adicional de 2% do lucro líquido, divido em partes iguais entre os funcionários, com teto de R$ 2.100. De acordo com a Caixa, por esta regra básica e valor adicional, o bancário receberia até R$ 5.649, conforme expectativa de lucro projetado.
Pela regra específica da Caixa, a PLR pode variar entre R$ 4 mil e R$ 10 mil de acordo com a função dos bancários.

Reivindicações sem avanços:

Isonomia de direitos – Bancários reivindicam igualdade de direitos entre funcionários, já que os trabalhadores que ingressaram depois de 1998 têm menos direitos;

Mais contratações – Bancários exigem a ampliação das contratações de mais bancários, além das 3 mil previstas.

Plano de Cargos Comissionados – O banco se recusa a discutir uma política de valorização salarial e de evolução na carreira no Plano de Cargos Comissionados (PCC)
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