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“Fomos às ruas para mais vez deixar claro que o fim da greve está nas mãos dos banqueiros, basta apresentarem uma proposta que preveja aumento real de salários e Participação nos Lucros e Resultados (PLR) maior e mais justa”, disse Luiz Cláudio Marcolino, presidente do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região e membro do Comando Nacional dos Bancários.
Os bancários chegam nesta quarta 7 de outubro ao 14º dia de greve, com assembleia às 17h, na quadra da categoria (Rua Tabatinguera, 192 – Sé) para decidir os rumos do movimento.
Balanço - Nesta terça-feira 6 de outubro, 13º dia de greve, 32,6 mil bancários foram abrangidos pela paralisação em 700 locais de trabalho. Além das agências bancárias, ficaram fechados os prédios administrativos da Nossa Caixa (Rua do Tesouro, XV de Novembro, Líbero e Álvares Penteado e Praça da República), Unibanco (Patriarca e Boa Vista) Banco do Brasil (Complexo São João, Verbo Divino, Ipiranga, Compe e Gecex III) e Caixa Econômica Federal (São Joaquim, Brás, Sé e Rirop). A greve dos bancários ganhou hoje o apoio de mais 1,5 mil trabalhadores do Centro Administrativo do Santander, o Casa 1, em Santo Amaro, zona sul da cidade.
A paralisação começou logo nas primeiras horas da manhã. Por volta das 6h, o Sindicato começou a se reunir com os bancários que chegavam para trabalhar. Pouco depois, às 7h20, o Santander chamou pela primeira vez a polícia para reprimir os grevistas. Os PMs abriram os portões do Casa 1, mas para surpresa do banco e dos próprios policiais os bancários se recusaram a entrar. Só no período da manhã a polícia foi chamada sete vezes. Por volta das 11h, os bancários decidiram por votação manter as paralisações.
Reivindicações – A categoria reivindica 10% de reajuste salarial (sendo 5% de aumento real), Participação nos Lucros e Resultados (PLR) composta pelo pagamento de três salários, acrescidos de valor fixo de R$ 3.850.
Dados da categoria – Os bancários são uma das poucas categorias no país que possuem acordo coletivo de trabalho com validade nacional. Todos os direitos conquistados têm legitimidade em todo o país. A categoria conta com 465 mil bancários no país, sendo 134 mil na base do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região.
Apoio mundial - Cresce a repercussão internacional sobre práticas antissindicais e de violência usadas pelos bancos contra os trabalhadores na campanha deste ano. Após receber o apoio de sindicatos de outros setores e que representam trabalhadores de diversos países, agora foi a vez da UNI Global Union, sindicato mundial que representa 900 entidades e cerca de 20 milhões de trabalhadores em todo o mundo.
Nesta terça-feira 6, O secretário-geral da entidade, o galês Philip J. Jennings, enviou cartas ao ministro do Trabalho, Carlos Lupi, e ao presidente da Fenaban e também presidente do Santander, Fábio Barbosa, em repúdio à postura dos banqueiros e da Polícia Militar durante a greve deste ano. Emílio Botín, presidente mundial do Santander, recebeu cópia das duas mensagens. (veja matéria completa http://www.spbancarios.com.br/noticia.asp?c=12694 )