Imagem Destaque
“Os bancários não saem da greve sem aumento real de salários, piso e PLR maiores, além de melhores condições de saúde”, disse Juvandia Moreira, presidenta do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região. “Só com o que os bancos arrecadam com receita de prestação de serviços, dá para pagar uma folha de pagamento inteira e em alguns casos cobre metade da do mês seguinte. O fim da greve está na mão dos banqueiros, que têm de marcar negociações e apresentar uma proposta que atendas às reivindicações da categoria”, destacou.
Nesta sexta-feira, 1 º de outubro, 3º dia de greve, foi priorizada a ampliação da paralisação nos centros administrativos dos bancos, onde trabalha quase a metade da categoria em São Paulo, Osasco e Região e não há atendimento ao público. Balanço final indica que em São Paulo, Osasco e região 561 agências bancárias e 16 centros administrativos fecharam. Estima-se que 32,2 mil trabalhadores participaram das paralisações.
A greve por tempo indeterminado foi aprovada em assembleia realizada na noite da terça 28 por mais de dois mil trabalhadores. A categoria rejeitou proposta da federação dos bancos (Fenaban) que previa apenas a reposição da inflação (4,29%).
Assembleia – Uma nova assembleia para deliberar os rumos do movimento será realizada na próxima terça-feira 5 de outubro, a partir das 16h, na Quadra dos Bancários (Rua Tabatiguera, 192).
Reivindicação - A categoria com data-base em 1º de setembro quer aumento de 11%, mais contratações, Participação nos Lucros e Resultados (PLR), vale-refeição, vale-alimentação, auxílio-creche e pisos maiores, além de auxílio-educação para todos e melhores condições de saúde.
Dados da Categoria - Os bancários são uma das poucas categorias no país que possui Contrato Coletivo de Trabalho (CCT) com validade nacional. Os direitos conquistados têm legitimidade em todo o país. São 460 mil bancários no Brasil, sendo 130 mil na base do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região. A categoria tem data-base em 1º de setembro.