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“A cada campanha os bancários ampliam suas conquistas, graças à organização e participação dos trabalhadores. E em um ano em que os resultados dos bancos cresceram extraordinariamente e que o PIB está em elevação, os avanços para os trabalhadores não poderiam seguir caminho diferente”, disse Juvandia Moreira, presidenta do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região. “Emprego e renda estão diretamente ligados a crescimento econômico. Um puxa o outro, num ciclo positivo”, disse ao ressaltar que os bancários são um exemplo dessa fórmula: economia crescente, bom desempenho dos bancos, greves fortes, sindicatos atuantes que não aceitam retrocessos e que apostam na mesa de negociação.
Confira acordo dos bancários
·Reajuste salarial - 7,5% até R$ 5.250 (aumento real de 3,08%). Para bancários do Banco do Brasil e da Caixa Federal o reajuste de 7,5% será para todos os trabalhadores e sem teto.
·Reajuste para salários acima de R$ 5.250 - R$ 393,75 fixos ou pelo menos 4,29%, o que for mais vantajoso.
·Piso salarial - reajuste de 16,33%, passando a valer R$ 1.250 (representa aumento real 11,54%).
·PLR - A regra básica será de 90% do salário mais R$ 1.100,80, com teto de R$ 7.181. Caso a distribuição do lucro líquido não atinja 5% com o pagamento da regra básica, esses valores serão aumentados até chegar a 2,2 salários com teto de R$ 15.798.
·Adicional à PLR - Além da regra básica, os bancários receberão um valor adicional à PLR de R$ 2.400, o que significa aumento de 14,28%, em relação ao pago no ano passado.
Trajetória – A categoria bancária foi a primeira a garantir cláusula em Convenção Coletiva Nacional, em 1995, que estabelece o pagamento da PLR. À época, os funcionários de bancos privados receberam 72% do salário mais o valor fixo de R$ 200. Nos bancos públicos, como o BB e a Caixa, a PLR passou a ser paga de forma linear a partir da campanha de 2003, quando as direções dessas empresas passaram a negociar de fato com os sindicatos.