Imagem Destaque
“A nossa luta é justa e vamos continuar ampliando a mobilização enquanto a intransigência dos banqueiros continuar a crescer”, disse Juvandia Moreira, presidenta do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região. “Os bancos brasileiros, campeões na cobrança de juros, se superaram. Apesar da queda na Selic, aumentaram ainda mais o spread bancário que chegou a 27,8%. Somam seus lucros, às custas da sociedade, mas na hora de retribuir com contratações e melhorar o atendimento dizem não”, destacou.
Além de vários prédios administrativos do Banco do Brasil e da Caixa Federal, os bancários cruzaram os braços novamente no Centro Administrativo Brigadeiro, no Centro Administrativo (CAU) e no Centro Tecnológico Operacional (CTO), todos do Itaú Unibanco; em Alphaville, uma das maiores concentrações do Bradesco; e Centro Administrativo (Casa 1), do Santander, onde funcionam departamentos ligados a serviços de câmbio, contas a pagar e envio de relatórios à matriz na Espanha.
Desrespeito - No CAU e no CTO, ambos do Itaú Unibanco, a prática de contingenciamento se repetiu, com esquemas organizados pelos bancos para obrigar os bancários a trabalharem, desrespeitando o direito de greve. Helicópteros transportando trabalhadores e obrigando-os a furar a greve eram vistos cruzando o céu durante toda a manhã, numa demonstração de prática antissindical do banco. O mesmo acontece no prédio do Patriarca, no centro da cidade, que também está parado. O banco, inclusive, está operando pousos e decolagens em locais sem autorização da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac). O Sindicato já denunciou a prática à Anac e à Defesa Civil.
ATO – Os bancários encerram o 15º dia de greve com um ato em frente à Praça do Patriarca, no qual cobraram da Fenaban a reabertura da negociações. A greve dos bancários chega nesta quarta-feira 12, ao 16º dia de greve.
Comando Nacional dos Bancários - Uma audiência com a presidenta Dilma Rousseff e uma reunião com o presidente da federação dos bancos (Fenaban), Murilo Portugal, além da realização de um ato nacional, na sexta-feira 14. Essas foram algumas das medidas definidas nesta terça-feira 11, pelos integrantes do Comando Nacional dos Bancários que, reunidos em São Paulo, decidiram também ampliar a greve da categoria.
“Vamos levar à presidenta Dilma um relatório com dados que demonstram que é perfeitamente possível aos bancos aumentar salários, contratar mais bancários e melhorar as condições de trabalho e de atendimento aos clientes”, afirma Juvandia. “Os bancos ganham muito no Brasil e estão devendo à sociedade. A greve começou e se estende por culpa do setor que mais lucra no país, mas se recusa a valorizar os trabalhadores. Os representes dos bancários também irão solicitar à presidenta Dilma a realização de uma Conferência Nacional para discutir o papel do Sistema Financeiro.
O Comando dos Bancários também vai enviar carta a Murilo Portugal, cobrando a retomada das negociações e proposta decente.