Seguindo a orientação do Comando Nacional dos Bancários, a greve se intensificou e cresceu o número de agências bancárias paralisadas nesta quarta 5, nono dia de greve. Balanço final aponta que na base deste Sindicato, 878 locais de trabalho permaneceram parados, sendo 18 prédios administrativos. Estima-se que 29 mil trabalhadores participaram das mobilizações.
Sem proposta da federação dos bancos (Fenaban) tampouco negociação marcada, os bancários de São Paulo, Osasco e região chegam nesta quinta-feira 6, ao décimo dia de greve.
“Vamos intensificar nosso movimento até a Fenaban apresentar proposta que dialogue com os trabalhadores. E os bancos, cujo lucro cresceu 20% apenas no primeiro semestre do ano – já que as sete maiores instituições financeiras acumularam R$ 26,5 bi – têm condições de atender às reivindicações da categoria e por fim à greve”, disse Juvandia Moreira, presidenta do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região.
Os bancários estão em greve desde 27 de setembro, após rejeitar proposta dos donos de bancos, que previa aumento real de apenas 0,56%. Após cinco rodadas de negociação, os banqueiros, além de oferecer baixo reajuste salarial, disseram não às demais reivindicações: não à valorização nos pisos, não à participação maior nos lucros e resultados (PLR), não à melhoria nas condições de trabalho, não à segurança, não à saúde e não para mais contratações – o que permitiria melhorar o atendimento nas agências e reduziria o ritmo estressante de trabalho.
Dados da Categoria – Os bancários são uma das poucas categorias no país que possui Contrato Coletivo de Trabalho (CCT) com validade nacional. Os direitos conquistados têm legitimidade em todo o país. São 484 mil bancários no Brasil, sendo 135 mil na base do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região.
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