A forte mobilização dos bancários fez a federação dos bancos (Fenaban) marcar uma negociação com o Comando Nacional dos Bancários para esta quinta-feira, 13 de outubro, às 16h.
“Vamos manter a greve forte para que os banqueiros apresentem uma proposta decente à categoria. Desde o início da campanha, os bancários estão apontando que é importante conquistar aumento real de salários, valorização no piso, aumento nos valores da participação nos lucros e resultados e melhoria nas condições de trabalho”, disse Juvandia Moreira, presidenta do Sindicato. “Os bancos tem condições de atender às reivindicações da categoria”, destacou.
A greve chega, nesta quinta-feira 13, ao 17º dia de mobilização.
Na terça-feira 11, os trabalhadores não se intimidam diante do silêncio dos banqueiros e fortalecem a greve nacional da categoria paralisando, além das agências, algumas das maiores concentrações dos bancos na capital paulista. Quase 36 mil bancários de 758 locais de trabalho, sendo 23 concentrações, aderiram ao movimento no 15º dia.
Histórico – Os bancários estão em greve desde 27 de setembro porque, após um mês e meio e cinco rodadas de negociação, receberam como proposta do setor patronal aumento real de apenas 0,56%. Além de oferecer baixo reajuste salarial, disseram não às demais reivindicações: não à valorização nos pisos, não à participação maior nos lucros e resultados (PLR), não à melhoria nas condições de trabalho, não à segurança, não à saúde e não para mais contratações – o que permitiria melhorar o atendimento nas agências e reduziria o ritmo estressante de trabalho.
Dados da Categoria – Os bancários são uma das poucas categorias no país que possui Contrato Coletivo de Trabalho (CCT) com validade nacional. Os direitos conquistados têm legitimidade em todo o país. São 484 mil bancários no Brasil, sendo 135 mil na base do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região. A data-base da categoria é primeiro de setembro.