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Bancários decidem manter a greve em assembleia em São Paulo

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Paralisação completa hoje 19 dias com 32 mil trabalhadores; Bancários aguardam nova proposta da Fenaban
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Por unanimidade, bancários decidem manter a greve em assembleia realizada na quadra dos bancários, nesta segunda-feira (7), às 17h, em São Paulo. Cerca de mil trabalhadores votaram pela rejeição da proposta feita pela federação dos bancos (Fenaban), com aumento real abaixo de 1%.

Em negociação na tarde de sexta (4), a Fenaban apresentou proposta de 7,1% de reajuste salarial para a categoria. O índice corresponde a 0,97% de aumento real para os salários e demais verbas. Apresentaram ainda proposta de 7,5% de reajuste para o piso (1,35% de aumento real) e não altera o modelo da PLR. Apenas reajusta em 10% a parte fixa e o teto da parcela adicional, sem alteração nos percentuais do lucro líquido distribuído. A maioria dos trabalhadores não seria beneficiada com a mudança.

Os bancários pedem aumento real, valorização do piso salarial e PLR. Os bancários também pedem a valorização dos vales refeição e alimentação e melhores condições de trabalho, com o fim das metas individuais e abusivas.

“Há uma margem muito grande de lucro sendo apropriada somente pelos bancos. A sociedade quer sua parte, na forma de melhores serviços, e os bancários na forma de melhores salários e condições dignas de trabalho. Por isso cobramos além de um reajuste maior, propostas mais concretas para acabar com a pressão que adoece a categoria e mais contratações para melhorar o atendimento e reduzir a sobrecarga de trabalho”, disse Juvandia Moreira, presidenta do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e região e uma das coordenadoras do Comando Nacional dos Bancários. “Com os altos lucros, é um absurdo os bancos não apresentarem proposta digna para os trabalhadores”.

Greve - A greve completa 19 dias nessa segunda-feira (7). De acordo com balanço feito pelo Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região, nesta segunda-feira (7) houve a paralisação de 608 locais de trabalho (sendo 593 agências bancárias e 15 centros administrativos), na base do Sindicato. Estima-se que cerca de 32 mil trabalhadores participaram da greve. Durante todo o período de greve, o autoatendimento continua funcionando normalmente.

Calendário de negociações – A pauta com as reivindicações da categoria foi entregue para a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) no dia 30 de julho. Após essa data, durante um mês (quatro rodadas de negociação), foram discutidos com os bancos os temas saúde, condições de trabalho, segurança, emprego, igualdade de oportunidades e remuneração. No dia 5 de setembro, a Fenaban apresentou a primeira proposta de reajuste de 6,1% (sem aumento real, apenas reposição da inflação). Na mesa de negociação a proposta foi recusada e uma assembleia com a categoria no dia 12 também reprovou o reajuste e definiu a greve a partir do dia 19. O Comando Nacional dos Bancários também encaminhou às instituições financeiras o calendário até a deflagração da greve (por lei, a greve deve ser aprovada em assembleia dos trabalhadores e, após isso, comunicada ao empregador com antecedência de 72 horas).

Cecilia Negrão

Assessora de imprensa do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região

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