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Bancários dos Casas 1 e 3 cruzam os braços

Linha fina
Funcionários cobram melhora da proposta da federação dos bancos e exigem valorização Santander
Imagem Destaque

São Paulo – “Se para o salário isso é baixo, para o tíquete-alimentação chega a ser irrisório. Não dá para fazer compra de supermercado que dure o mês com o valor atual e também não dará se ficar só nesses 7,1%”, o desabafo é de uma funcionária lotada no Casa 1 (Centro Administrativo Santander) em relação à proposta de reajuste de com menos de 1% de aumento real para o salário e verbas como os vales refeição e alimentação feita na sexta 4 pela federação dos bancos (Fenaban) ao Comando Nacional dos Bancários.

> Proposta insuficiente leva greve ao 19º dia

Nesta segunda 7, 19º dia de greve nacional da categoria, além do Casa 1 (foto) pararam os funcionários do Casa 3. Os dois complexos administrativos, na zona sul da capital, reúnem juntos cerca de 5 mil trabalhadores, entre bancários e terceirizados, e são responsáveis pelo câmbio, parte do setor de tecnologia e de suporte a agências, entre outros. Na sexta 4, o movimento já fora forte nos Casas 2 e 3, transformando ambas em verdadeiras "cidades fantasma".

> Casas 2 e 3 viraram cidades fantasma

Um trabalhador destaca que a insatisfação no Santander não é apenas com a proposta dos bancos, mas também com a política adotada pela empresa. “Nunca vi tanto estrangeiro aqui (Casa 1). Eles são trazidos para ocupar cargos que nunca foram oferecidos para nós. Não tenho nada contra essas pessoas, mas acho que o Santander teria de dar oportunidades a todos. Somos tão competentes e qualificados quanto os funcionários que vêm da Espanha”, desabafa.

Para a diretora executiva do Sindicato Rita Berlofa os funcionários têm de canalizar toda essa indignação para ampliar a mobilização. “Se os bancários estão fartos das demissões injustificáveis, se querem um plano de carreira com possibilidades de ascensão para todos e que os bancos melhorem essa proposta não há outra alternativa a não ser fortalecer ainda mais a greve”, afirma a dirigente, “Os funcionários do Santander estão de parabéns pela demonstração de força até aqui. Eles estão demonstrando sua indignação e exigem que o banco mude sua política em nosso país, passando a valorizar os trabalhadores brasileiros.”


Jair Rosa - 7/10/2013

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