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Bancários decidem pelo fim da greve em assembleia em São Paulo

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Categoria conquistou aumento real de 2,02% (salário) e 2,5% (piso). Foram sete dias de greve.
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São Paulo - Os bancários decidiram em assembleia nesta segunda-feira  (06) pelo fim da greve em São Paulo, Osasco e 15 municípios da região. A Fenaban apresentou neste sábado (03) ao Comando Nacional dos Bancários proposta de 8,5% (aumento real de 2,02%). Piso de 9%, o que representa aumento real de 2,5%.

“Fizemos uma greve forte durante sete dias, que mobilizou os trabalhadores e fez com que os bancos mudassem sua posição. Conquistamos reajuste de 8,5% e piso de 9%. Com esse índice, em 11 anos, são 20,7% de ganho real nos salários e 42,1% nos pisos. Tivemos ainda valorização da PLR, além de um reajuste expressivo para o vale-refeição”, destaca a presidenta do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região, Juvandia Moreira. “Também conquistamos cláusula contra metas na Convenção Coletiva de Trabalho e o Sindicato vai cobrar de cada banco avanços em relação a isso”. 

PLR – A regra básica da Participação nos Lucros e Resultados será de 90% do salário mais valor fixo de R$ 1.838. Assim, a parte fixa, que em 2013 foi de R$ 1.640, será reajustada em 8,5%, o que significa aumento real de 2,5%. A regra determina ainda que devem ser distribuídos no mínimo 5% do lucro líquido. Se isso não acontecer, os valores de PLR devem ser aumentados até chegar a 2,2 salários.

Reajuste Vale Refeição - O vale refeição será de R$ 26,00 por dia, com reajuste de 12% e 5,5% de ganho real.

Dias parados – Haverá compensação dos dias parados em uma hora até 7/11 para funcionários que tem uma jornada de 8 horas e até 31/10 para trabalhadores que tem jornada de 6 horas. Aquilo que não for compensado será abonado.


Metas – Os bancos se comprometeram a incluir na Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) uma cláusula que prevê o monitoramento de resultados – o nome que dão para a cobrança por metas – com equilíbrio, respeito e de forma positiva para prevenir conflitos nas relações de trabalho. Caso isso não aconteça, deverá ser denunciado ao Sindicato via instrumento de combate ao assédio moral e agora às metas abusivas.


Dados da categoria – Os bancários são uma das poucas categorias no país que possui Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) com validade nacional. Os direitos conquistados têm legitimidade em todo o país. São cerca de 512 mil bancários no Brasil, sendo 142 mil na base do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região, o maior do país. Nos últimos onze anos, a categoria conseguiu aumento real acumulado entre 2004 e 2014 de 20,07%: sendo 1,50% em 2009; 3,08% em 2010; 1,50% em 2011, 2% em 2012, 1,82% em 2013 e 2,02% em 2014.


O Sindicato representa trabalhadores de bancos públicos e privados que atuam nos seguintes municípios: São Paulo, Osasco, Carapicuíba, Barueri, Caucaia do Alto, Cotia, Embu, Embu Guaçu, Itapecerica da Serra, Itapevi, Jandira, Juquitiba, Pirapora do Bom Jesus, Santana do Parnaíba, São Lourenço da Serra, Taboão da Serra, Vargem Grande Paulista.


As principais reivindicações dos bancários:
• Reajuste Salarial de 12,5%, sendo 5,8% de aumento real (inflação de 6,35%)
• PLR – três salários mais parcela adicional de R$ 6.247
• Piso salarial – Salário mínimo do Dieese (R$ 2.979,25)
• Vales Alimentação, Refeição, 13ª cesta e auxílio-creche/babá  – Salário Mínimo Nacional (R$ 724 cada);
• Fim das metas abusivas e assédio moral – A categoria é submetida a uma pressão abusiva por cumprimento de metas, que tem provocado alto índice de adoecimento dos bancários
• Emprego – Fim das demissões, ampliação das contratações, combate às terceirizações e precarização das condições de trabalho
• Mais segurança nas agências bancárias


Proposta Fenaban (dia 03/10):
Reajuste de 8,5% (2,02% de aumento real)
Piso escritório após 90 dias - R$ 1.796,45 (2,5% acima da inflação).
Piso caixa/tesouraria após 90 dias - R$ 2.426,74 (2,37% de aumento real).
PLR - Reajuste de 8,5% nos valores fixos na regra
Auxílio-refeição - R$ 26,00 (reajuste de 12,2%, com 5,5% de ganho real)
Auxílio cesta alimentação e 13ª cesta - R$ 431,13.


Como é hoje:
Piso escritório após 90 dias - R$ 1.648,12
Piso caixa/tesouraria após 90 dias - R$ 2.229,05
PLR – Regra básica: 90% do salário + 1694 (podendo chegar a 2,2 salários) e parcela adicional: 2,2% do lucro líquido dividido linearmente entre os trabalhadores
Auxílio-refeição - R$ 23,18.
Auxílio cesta alimentação e 13ª cesta - R$ 397,36.
Auxílio-creche/babá (filhos até 71 meses) - R$ 330,71.
Auxílio-creche/babá (filhos até 83 meses) - R$ 282,91.
Auxílio-creche/babá (filhos até 71 meses) - R$ 358,82.
Auxílio-creche/babá (filhos até 83 meses) - R$ 306,95.



Cecilia Negrão
Assessora de imprensa do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região (11) 3188-5212 ou (11) 99485-4868
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