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Greve só acaba com proposta decente

Linha fina
Trabalhadores cobram dos bancos aumento real maior, fim da pressão por metas abusivas e da sobrecarga
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São Paulo - Os bancários chegam nesta sexta-feira 3 ao quarto dia de greve nacional. E assim vão permanecer até que os bancos voltem a negociar e apresentem proposta com aumento real maior para salários, PLR, piso, vales e auxílios, além de solução urgente para o quadro de pressão e sobrecarga que atormenta e torna a rotina nos locais de trabalho um inferno.

“Foram oito rodadas de negociação em que todas as nossas reivindicações foram debatidas e ficou muito claro que os bancos podem atendê-las. Mas preferiram levar seus funcionários para a greve”, afirma a presidenta do Sindicato, Juvandia Moreira, uma das coordenadoras do Comando Nacional dos Bancários, que negocia com a Fenaban.

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Na quinta-feira, terceiro dia de paralisação nacional, 517 agências e cinco centros administrativos permaneceram fechados, abrangendo mais de 29 mil trabalhadores em São Paulo, Osasco e região. No Brasil, 9.379 unidades de bancos públicos e privados pararam.

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“A greve é forte em nossa base e em todo o país. Mas é necessário que cada trabalhador faça sua parte para ampliá-la cada vez mais e pressionar os bancos a apresentar o quanto antes proposta que atenda às reivindicações da categoria”, reforça a dirigente.

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Em rodada de negociação, realizada no sábado 27, a federação dos bancos (Fenaban) apresentou ao Comando índice de reajuste de 7,35% para salários e verbas (0,94% de aumento real) e 8% para o piso (1,55% de aumento real).

A secretária-geral do Sindicato, Ivone Maria da Silva, ressalta que com a greve os empregados também estão apontando às instituições financeiras que não suportam mais tanta pressão no ambiente de trabalho. “Tanto os funcionários das unidades quanto das concentrações cobram o fim das metas abusivas, querem melhores condições de trabalho e exigem ser valorizados. Também querem mais segurança nas agências. Ou seja, há vários fatores além das reivindicações econômicas e que precisam ser revolvidos pelos bancos.”

Comando de greve – Integrado por dirigentes do Sindicato, da Fetec-CUT/SP, da Contraf-CUT, cipeiros, além de delegados sindicais da Caixa e do BB, o Comando de Greve reúne-se sexta 3, às 16h30, na sede do Sindicato (Rua São Bento, 413). Outros bancários também podem participar.


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Redação - 2/10/2014

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