Pular para o conteúdo principal

Após assembleia, bancários decidem entrar em greve a partir da próxima terça-feira (06)

Linha fina
Bancários do país se reuniram hoje; Assembleia nesta quinta (01) em SP teve a participação de cerca de mil e quinhentos bancários
Imagem Destaque

Após cinco rodadas de negociação, os bancários se reuniram nesta quinta-feira (01) em assembleias em todo o país para avaliar a proposta apresentada pela Federação dos Bancos (Fenaban) de reajuste de 5,5% (representa perda real de 4%).


Em São Paulo, Osasco e região* a proposta dos bancos foi rejeitada por unanimidade e a greve, por tempo indeterminado, começa a partir do dia 06 (terça-feira).

“Os bancos alegam que o índice oferecido para os trabalhadores pretende compensar dificuldades decorrentes da inflação passada, sem contaminar os índices futuros. No passado tiveram lucro líquido de R$ 36 bilhões no semestre e no futuro deveriam reduzir taxas e juros que passam de 400% ao ano (cartão de crédito), com o objetivo de acelerar a economia. Somente com os ganhos das tarifas bancárias, cerca de R$ 55 bilhões, poderiam gerar quase 2,5 milhões de empregos com salário médio do mercado de trabalho e garantir esses empregos por um ano. Isso sim seria contribuir para a conjuntura econômica”, disse Juvandia Moreira, presidenta do Sindicato dos bancários de São Paulo, Osasco e região e uma das coordenadoras do Comando Nacional dos Bancários.  “Também reivindicamos fim das demissões nos bancos para melhorar as condições de trabalho da categoria e melhor atendimento para a população”.

No dia 05 (segunda-feira) os bancários voltam a se reunir em assembleia organizativa.

Greve - O direito de greve está previsto na Constituição Federal. O Comando Nacional dos Bancários também encaminha às instituições financeiras o calendário até a deflagração da greve (por lei, a greve deve ser aprovada em assembleia dos trabalhadores e, após isso, comunicada ao empregador com antecedência de 72 horas). Essas determinações da lei foram rigorosamente seguidas pelo Sindicato. Para o empregador, a Lei de Greve proíbe a dispensa de trabalhadores ou a contratação de funcionários substitutos durante a greve.


Dados da Categoria - Os bancários são uma das poucas categorias no país que possui Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) com validade nacional. Os direitos conquistados têm legitimidade em todo o país. São mais de 500 mil bancários no Brasil, sendo 142 mil na base do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região, o maior do país. Nos últimos onze anos, a categoria conseguiu aumento real acumulado entre 2004 e 2014 de 20,07%: sendo 1,50% em 2009; 3,08% em 2010; 1,50% em 2011, 2% em 2012, 1,82% em 2013 e 2,02% em 2014.

*O Sindicato representa os trabalhadores de São Paulo, Osasco, Carapicuíba, Barueri, Caucaia do Alto, Cotia, Embu, Embu Guaçu, Itapecerica da Serra, Itapevi, Jandira, Juquitiba, Pirapora do Bom Jesus, Santana do Parnaíba, São Lourenço da Serra, Taboão da Serra e Vargem Grande Paulista.


Principais reivindicações da Campanha Nacional Unificada 2015:
• Reajuste Salarial de 16%, sendo 5,6% de aumento real, com inflação de 9,88% (INPC)
• PLR – três salários mais R$ 7.246,82
• Piso – Salário mínimo do Dieese (R$ 3.299,66)
• Vales Alimentação, Refeição, 13ª cesta e auxílio-creche/babá  – Salário Mínimo Nacional (R$ 788);
• 14º salário
• Fim das metas abusivas e assédio moral – A categoria é submetida a uma pressão abusiva por cumprimento de metas, que tem provocado alto índice de adoecimento dos bancários
• Emprego – Fim das demissões, ampliação das contratações, combate às terceirizações e precarização das condições de trabalho
• Mais segurança nas agências bancárias


Cecilia Negrão
Assessora de imprensa do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região
(11) 3188-5212 ou (11) 99485-4868
[email protected]

seja socio