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Bancários em todo o país entram em greve a partir de terça-feira (06)

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Nesta segunda-feira (05) categoria realiza assembleia organizativa na quadra dos Bancários, na Sé, São Paulo, às 19h; presidenta do Sindicato fala com a imprensa nesta terça pela manhã
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Bancários de todo o país param a partir de terça-feira (06), por tempo indeterminado. A categoria entregou pauta com as reivindicações no dia 11 de agosto e, após cinco rodadas de negociação com a federação dos bancos (Fenaban), não houve acordo para o índice de reajuste e demais reivindicações.

“Não vamos aceitar acordo sem reajuste digno, garantia de emprego e melhores condições de trabalho. A categoria está unida e vai fazer uma greve forte. Esperamos que os bancos retomem as negociações o mais rápido possível, com reajuste compatível com a riqueza do setor”, Juvandia Moreira, presidenta do Sindicato dos bancários de São Paulo, Osasco e região e uma das coordenadoras do Comando Nacional dos Bancários.

Entre os itens principais da Campanha Nacional Unificada 2015 estão o índice de 16% (reposição da inflação mais aumento real de 5,6%, acima da inflação). Também definiram o piso com base no salário mínimo necessário calculado pelo Dieese (R$ 3.299,66) e a PLR de três salários mais R$ 7.246,82 de parcela fixa adicional. E décimo quarto salário.

A categoria também pede a valorização dos vales refeição e alimentação no valor de um salário mínimo (R$ 788). Os bancários reivindicam ainda a manutenção do emprego, melhores condições de trabalho, com o fim das metas abusivas.

A federação dos bancos (Fenaban) fez uma proposta foi de reajuste de 5,5% (perda real de 4%).
Diante do impasse, assembleias em todo o Brasil, feitas no dia 01 de outubro, definiram greve por tempo indeterminado a partir desta terça-feira (06).

Durante o período de greve, os caixas de autoatendimento vão continuar funcionando para atender à população. O direito de greve está previsto na Constituição Federal. O Comando Nacional dos Bancários também encaminhou às instituições financeiras o calendário até a deflagração da greve (por lei, a greve deve ser aprovada em assembleia dos trabalhadores e, após isso, comunicada ao empregador com antecedência de 72 horas). Essas determinações da lei foram rigorosamente seguidas pelo Sindicato. Para o empregador, a Lei de Greve proíbe a dispensa de trabalhadores ou a contratação de funcionários substitutos durante a greve.
Proposta da Fenaban (dia 25/09): pagamento de um abono no valor R$ 2,5 mil para todos os bancários e um índice de reajuste dos salários e benefícios de 5,5%.


Com esta proposta considerando o salário anual do trabalhador, o bancário que recebe o salário médio da categoria (R$ 6.208) teria uma perda de R$ 2.144,81 ao longo do ano, se comparado a uma proposta que apenas repusesse a inflação. Se compararmos com uma proposta que garantisse o mesmo aumento real do ano passado (2,02%) a perda anual do bancário que recebe o salário médio seria de R$ 4.499,02.


Principais reivindicações da Campanha Nacional Unificada 2015:
• Reajuste Salarial de 16%, sendo 5,6% de aumento real, com inflação de 9,88% (INPC)
• PLR – três salários mais R$ 7.246,82
• Piso – Salário mínimo do Dieese (R$ 3.299,66)
• Vales Alimentação, Refeição, 13ª cesta e auxílio-creche/babá  – Salário Mínimo Nacional (R$ 788);
• 14º salário
• Fim das metas abusivas e assédio moral – A categoria é submetida a uma pressão abusiva por cumprimento de metas, que tem provocado alto índice de adoecimento dos bancários
• Emprego – Fim das demissões, ampliação das contratações, combate às terceirizações e precarização das condições de trabalho
• Mais segurança nas agências bancárias


Proposta Federação Nacional dos Bancos (Fenaban): dia 25/09
Pagamento de um abono no valor R$ 2,5 mil para todos os bancários e um índice de reajuste dos salários e benefícios de 5,5% (perda real de 4%).


Como é hoje:
Piso escritório após 90 dias - R$1.796,45
Piso caixa/tesouraria após 90 dias - R$ 2.426,76
PLR – Regra básica: 90% do salário + 1837,99 (podendo chegar a 2,2 salários) e parcela adicional: 2,2% do lucro líquido dividido linearmente entre os trabalhadores
Auxílio-refeição - R$ 572,00
Auxílio cesta alimentação e 13ª cesta - R$ 431,16
Auxílio-creche/babá (filhos até 71 meses) - R$ 330,71
Auxílio-creche/babá (filhos até 83 meses) - R$ 282,91



Cecilia Negrão
Assessora de imprensa do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região
(11) 3188-5212 ou (11) 99485-4868
[email protected]

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