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Greve amplia paralisação nas agências bancárias em São Paulo

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Um balanço feito pelo Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região mostra que 827 locais de trabalho, sendo 12 centros administrativos e 815 agências fecharam nesta quarta-feira (07), terceiro dia de greve dos bancários, na base do Sindicato (São Paulo, Osasco e Região). Estima-se que mais de 35 mil trabalhadores participaram das paralisações, 21% maior que o terceiro dia de greve do ano passado.
Durante todo o período de greve, o autoatendimento continua funcionando normalmente.


“A Federação dos Bancos (Fenaban) ainda não marcou nenhuma data para apresentar uma proposta justa para os trabalhadores. Ao invés disso, os bancos estão se organizando para desrespeitar o direito de greve, adotando o contingenciamento, que é a transferência de departamentos inteiros ou agências para outros prédios. Também obrigam os bancários a dormir em colchonetes e sofás em departamentos, trabalhar de casa ou começar a jornada de madrugada, adotando uma prática antissindical que fere à Constituição”, disse Juvandia Moreira, presidenta do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região e uma das coordenadoras do Comando Nacional dos Bancários.


Assembleia – A próxima assembleia será realizada na terça-feira (13), na Quadra dos Bancários, a partir das 17h, quando a categoria irá decidir sobre os rumos do movimento.


Direito de greve - O direito de greve está previsto na Constituição Federal e prevê algumas exigências, como a publicação de aviso de greve em jornal de grande circulação. O Comando Nacional dos Bancários também encaminhou às instituições financeiras o calendário até a deflagração da greve (por lei, a greve deve ser aprovada em assembleia dos trabalhadores e, após isso, comunicada ao empregador com antecedência de 72 horas). Essas determinações da lei foram rigorosamente seguidas pelo Sindicato. Para o empregador, a Lei de Greve proíbe a dispensa de trabalhadores ou a contratação de funcionários substitutos durante o período de paralisação.


Dados da Categoria – O Sindicato representa os trabalhadores de São Paulo, Osasco, Carapicuíba, Barueri, Caucaia do Alto, Cotia, Embu, Embu Guaçu, Itapecerica da Serra, Itapevi, Jandira, Juquitiba, Pirapora do Bom Jesus, Santana do Parnaíba, São Lourenço da Serra, Taboão da Serra e Vargem Grande Paulista. Os bancários são uma das poucas categorias no país que possui Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) com validade nacional. Os direitos conquistados têm legitimidade em todo o país. São mais de 500 mil bancários no Brasil, sendo 142 mil na base do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região, o maior do país. Nos últimos onze anos, a categoria conseguiu aumento real acumulado entre 2004 e 2014 de 20,07%: sendo 1,50% em 2009; 3,08% em 2010; 1,50% em 2011, 2% em 2012, 1,82% em 2013 e 2,02% em 2014.

Lucro - O lucro líquido dos cinco maiores bancos atuantes no Brasil (Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal, Bradesco, Itaú-Unibanco e Santander), nos seis primeiros meses do ano, atingiu a marca de R$ 36,3 bilhões, com crescimento de 27,4% em relação ao mesmo período do ano passado. Os principais itens do balanço desses bancos comprovam o sólido desempenho do setor. As receitas com prestação de serviços e tarifas bancarias cresceram 11,4% atingindo o valor de R$ 55 bilhões.



Cecilia Negrão
Assessora de imprensa do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região
(11) 3188-5212 ou (11) 99485-4868
[email protected]

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