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Rodolfo Wrolli Spbancarios
27/10/2016
São Paulo – Parte da lucratividade bilionária dos bancos se explica pela dinâmica do seu mercado de trabalho. Entre janeiro e setembro, o setor eliminou 9.258 vagas formais. Em setembro, foram cortados 154 postos. Os dados são do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), compilados pelo Ministério do Trabalho. No acumulado dos seis primeiros meses, os cinco maiores bancos que atuam no país lucraram R$ 29,7 bilhões.
“É uma realidade contra a qual lutamos há anos”, ressalta Marta Soares, diretora executiva do Sindicato e bancária do Itaú. “Os bancos demitem, obrigando os funcionários remanescentes a acumularem funções, o que gera o quadro de sobrecarga de trabalho e o assédio moral pelo cumprimento de metas impossíveis de serem atingidas. E o resultado disso são os milhares de casos de adoecimentos na categoria, seja por transtornos psíquicos, seja por casos de lesões por esforço repetitivo”, acrescenta a dirigente.
Somente em 2013 (ano com as estatísticas mais recentes), mais de 18 mil bancários (18.671) foram afastados, de acordo com dados do INSS, em todo o país. Do total de auxílios-doença concedidos pelo INSS, 52,7% tiveram como causas principais os transtornos mentais e as doenças do sistema nervoso. Isso significa dizer que, de cada dez bancários doentes, cinco são por depressão.
Rotatividade – E não é só com as demissões que os bancos ganham. A alta rotatividade é outra forma utilizada para aumentar os lucros. De janeiro a setembro, os bancários admitidos recebiam, em média, R$ 3.708,44, enquanto os desligados tinham remuneração média de R$ 6.397,98. Ou seja, os admitidos entram ganhando 58% do que os que saem.
“Os bancos deveriam contribuir muito mais para a sociedade, gerando empregos e ajudando no desenvolvimento da economia e do país, mas recusam-se a conceder crédito acessível e negam atendimento à população nas agências bancárias. Só sabem explorar o país, demitindo milhares de pais e mães de família e extorquindo seus clientes com taxas abusivas e juros obscenos. E o resultado disso são os lucros cada vez maiores, os quais apenas meia dúzia de banqueiros desfrutam”, critica Marta Soares.
27/10/2016
São Paulo – Parte da lucratividade bilionária dos bancos se explica pela dinâmica do seu mercado de trabalho. Entre janeiro e setembro, o setor eliminou 9.258 vagas formais. Em setembro, foram cortados 154 postos. Os dados são do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), compilados pelo Ministério do Trabalho. No acumulado dos seis primeiros meses, os cinco maiores bancos que atuam no país lucraram R$ 29,7 bilhões.
“É uma realidade contra a qual lutamos há anos”, ressalta Marta Soares, diretora executiva do Sindicato e bancária do Itaú. “Os bancos demitem, obrigando os funcionários remanescentes a acumularem funções, o que gera o quadro de sobrecarga de trabalho e o assédio moral pelo cumprimento de metas impossíveis de serem atingidas. E o resultado disso são os milhares de casos de adoecimentos na categoria, seja por transtornos psíquicos, seja por casos de lesões por esforço repetitivo”, acrescenta a dirigente.
Somente em 2013 (ano com as estatísticas mais recentes), mais de 18 mil bancários (18.671) foram afastados, de acordo com dados do INSS, em todo o país. Do total de auxílios-doença concedidos pelo INSS, 52,7% tiveram como causas principais os transtornos mentais e as doenças do sistema nervoso. Isso significa dizer que, de cada dez bancários doentes, cinco são por depressão.
Rotatividade – E não é só com as demissões que os bancos ganham. A alta rotatividade é outra forma utilizada para aumentar os lucros. De janeiro a setembro, os bancários admitidos recebiam, em média, R$ 3.708,44, enquanto os desligados tinham remuneração média de R$ 6.397,98. Ou seja, os admitidos entram ganhando 58% do que os que saem.
“Os bancos deveriam contribuir muito mais para a sociedade, gerando empregos e ajudando no desenvolvimento da economia e do país, mas recusam-se a conceder crédito acessível e negam atendimento à população nas agências bancárias. Só sabem explorar o país, demitindo milhares de pais e mães de família e extorquindo seus clientes com taxas abusivas e juros obscenos. E o resultado disso são os lucros cada vez maiores, os quais apenas meia dúzia de banqueiros desfrutam”, critica Marta Soares.