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Abono de um dia é conquista do trabalhador!

Linha fina
Reportagem destaca “benefícios” do banco Itaú, mas não diz que abono-assiduidade foi conquista do bancário, após luta na campanha 2015
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Arte: Fabiana Tamashiro

São Paulo – Após mostrar os “benefícios” de se trabalhar em empresas como Google e Coca-Cola, reportagem do UOL errou ao destacar como política “do Itaú” permitir aos seus funcionários “um dia de folga por ano na data em que escolher”.

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O abono-assiduidade foi uma reivindicação dos bancários na Campanha Nacional Unificada de 2013, conquistado após 21 dias de greve, e está garantido na cláusula 24 da Convenção Coletiva de Trabalho: “Um dia de ausência remunerada ao empregado que não tenha nenhuma falta injustificada entre 1/9/2015 a 31/8/2016 e com mínimo de 1 ano de vínculo empregatício com o banco. O dia de ausência remunerada tem de ser tirado entre 1/9/2016 e 31/8/2017, sendo definido pelo gestor em conjunto com o empregado”.

A reportagem destaca também que “para funcionárias que estão voltando da licença-maternidade, a jornada de trabalho é reduzida em duas horas durante um mês”. O artigo 396 da CLT estabelece que para amamentar, até que o bebê complete seis meses de idade, a mulher terá direito, durante a jornada de trabalho, a dois descansos especiais, de meia hora cada um. O que muitas empresas fazem é juntar os dois descansos permitindo que a funcionária inicie sua jornada de trabalho uma hora mais tarde ou termine o expediente uma hora mais cedo.

“Foi com muita luta e organização que a categoria conquistou o abono-assiduidade na campanha de 2015. Todas as conquistas são fruto de campanhas, mobilização e não benesse do banco. O bancário chega ao banco e tem plano de saúde, vales refeição e alimentação, mas não sabe de onde veio isso. Se ele não souber que isso foi resultado de luta e organização, não vai se organizar também para lutar por novas conquistas”, afirma Ivone Silva, presidenta do Sindicato.

A diretora executiva Marta Soares, reforça que o abono-assiduidade é um direito que o banco muitas vezes tenta desrespeitar, não negociando com os funcionários. “E observamos também falta de respeito no retorno da licença-maternidade. Infelizmente acompanhamos aqui no Sindicato muitas demissões de mães que voltam da licença estendida por seis meses.”

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