Às vésperas da eleição, o presidente do Banco do Brasil, Paulo Caffarelli, pediu para sair nesta sexta-feira. Indicado por Michel Temer para o cargo em junho de 2016, ele ficará no comando do banco público até a próxima quinta-feira 1, quando se despede do BB e parte para a iniciativa privada.
Para a dirigente sindical Fernanda Lopes, a saída reflete o medo face à possibilidade de privatização do banco dependendo do resultado do segundo turno das eleições, que acontece neste domingo.
“Caffarelli conseguiu uma projeção no banco público e, quando surge a ameaça de privatização do BB, ele pula fora do barco e se lança no mercado, para ter um salário ainda mais alto. Por que essa mudança logo no finalzinho do governo Temer? Infelizmente, há executivos que estão preocupados unicamente em usar o BB como trampolim para suas carreiras individuais, mesmo que isso cause prejuízos ao trabalhador, com as reestruturações do banco, recorrentes casos de assédio, pressão por meta, implementação do modelo digital às pressas, e outros malfeitos que marcaram a passagem de Caffarelli pela presidência”, criticou.
Segundo reportagem do G1, o comunicado que anuncia a saída de Caffarelli também informa que Temer indicou Marcelo Augusto Dutra Labuto, atual vice-presidente de Negócios de Varejo no BB.