O Sindicato recebeu denúncias de bancários das agências subordinadas à Diretoria Coml 5 de que estão vivendo um verdadeiro terror nos locais de trabalho. De acordo com relatos dos trabalhadores, metas abusivas, ameaças de demissão, falta de funcionários, sobrecarga, assédio moral e péssimas condições de trabalho fazem parte da rotina das agências.
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“Os funcionários denunciaram que o banco faz um verdadeiro terrorismo nas agências dessa diretoria. Os bancários são cobrados por metas dobradas e, caso não entreguem, são ameaçados de demissão. As metas devem ser batidas até a metade de cada mês e as avaliações são mensuradas nas entregas de três meses. Como essas metas aumentam descontroladamente, é praticamente impossível atingir os resultados”, denuncia a dirigente do Sindicato e bancária do Itaú, Valeska Pincovai.
Trabalhadores também se queixam da falta de funcionários e condições desiguais entre agências. “Existem agências com muitas contas e poucos funcionários, enquanto outras possuem poucas contas e muitos funcionários, o que garante para estas unidades um desempenho melhor”, relata Valeska.
“Devido à falta de funcionários, os trabalhadores não conseguem bater meta alguma e ainda são chamados de incompetentes”, queixa-se um bancário.
Como se as metas abusivas, ameaças de demissão, a falta de funcionários, a sobrecarga de trabalho e a desigualdade entre agências não fossem problemas suficientes, os bancários subordinados à Diretoria Coml 5 são submetidos a constrangimentos e humilhações.
“Funcionários são expostos em reuniões constrangedoras, nas quais são obrigados a simular atendimentos aos clientes. E, ainda por cima, são questionados como podem ser tão eficientes nas tais simulações se são os que mais recebem reclamações, o que acarreta em prejuízos no AGIR”, diz a dirigente do Sindicato.
De acordo com as denúncias dos bancários, existe até mesmo uma espécie de meta de demissões nas agências, o que torna a pressão insuportável. “A produção tem que ser enviada todos os dias através de relatórios para a diretoria. Até o final do mês tem de ser entregue 200% das metas. Existe uma cobrança descabida em cima dos trabalhadores, baseada no NPS, o índice de satisfação do cliente, no qual se um cliente atribui nota 8, os bancários são penalizados no AGIR. Ainda que muitas vezes, a nota não satisfatória é dada por conta de um problema técnico do caixa eletrônico, por exemplo, e quem paga o pato é o trabalhador. Além disso, para aumentar ainda mais a pressão, os bancários recebem diariamente ranking no qual são expostas as melhores e piores agências”, critica Valeska.
O Sindicato levou até o conhecimento da área de Relações Sindicais do Itaú as graves denúncias dos bancários das agências subordinadas à Diretoria Coml 5 e cobrou do banco soluções urgentes para os problemas apontados.
“Com tamanho desrespeito, assédio moral, sobrecarga, metas e pressão abusivas, não existe bancário que aguente. Com condições de trabalho tão precárias, o Itaú coloca em risco a saúde dos seus funcionários. Um banco com o lucro do Itaú, que se diz o `banco do futuro´, não pode ter uma gestão tão arcaica injusta e agressiva. Os bancários, que estão pedindo socorro, merecem respeito e condições de trabalho adequadas”, conclui Valeska.
Denuncie
O Sindicato possui um canal de denúncia contra assédio moral (CLIQUE AQUI). As denúncias também podem ser feitas diretamente a um dirigente, pela Central de Atendimento (11 4949-5998) ou pelo WhatsApp (11 97593-7749). O sigilo é absoluto.