O Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região e a Apcef/SP tem recebido frequentemente denúncias de que a Caixa não está seguindo corretamente o que determina o protocolo de segurança contra a Covid-19. Muitas vezes o banco só toma providências quando o caso suspeito é confirmado como positivo, o que pode ser tarde para evitar novas contaminações. Outras vezes, nem sempre os demais trabalhadores da unidade onde houve caso da doença são afastados, como seria o recomendado. E há relatos também de que não foi realizada a higienização adequada na agência ou departamento com caso confirmado. Tudo isso coloca em risco a saúde dos trabalhadores e dos usuários da Caixa.
“São várias denúncias que temos recebido, quase que diariamente. O novo protocolo de segurança do banco contra o coronavírus determina apenas que sejam testados e afastados os trabalhadores que tiveram contato por mais de 15 minutos e a menos de 1 metro de distância da pessoa que testou positivo. Isso é, no mínimo, irresponsável. Nós, do Sindicato, defendemos e estamos cobrando da Caixa que, assim que detectado um caso suspeito ou confirmado da doença, todos os trabalhadores daquela unidade, inclusive os terceirizados, sejam testados e afastados, uma vez que o vírus se espalha no ar e pode ficar sobre superfícies e objetos utilizados por qualquer outro colega”, destaca a dirigente do Sindicato e empregada da Caixa, Tamara Siqueira.
“O banco está demorando para tomar as providências necessárias: sabemos de casos suspeitos que só quando foram confirmados, dois ou três dias depois, é que a Caixa realizou higienização e afastamento de outros trabalhadores”, reforça. “Por isso, os empregados precisam contatar o Sindicato avisando sobre qualquer caso suspeito, para que a entidade intervenha a garanta a aplicação imediata do protocolo”, explica Tamara.
“Outro problema, segundo relatos dos trabalhadores, é que as agências não têm sido higienizadas corretamente. E para que continuem funcionando, isso é absolutamente necessário”, acrescenta o dirigente da Apcef/SP Leonardo Quadros.
Apesar do entendimento do presidente do banco, Pedro Guimarães, a pandemia não acabou. O Brasil continua registrando um número alto de contaminação e uma média diária alta de mortes, que ultrapassa 600 casos. "O banco precisa ser mais cuidadoso e respeitar a vida dos trabalhadores e dos usuários”, critica Leonardo.
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