A população de rua na cidade de São Paulo saltou de 15.905, em 2015, para 24.344 em 2019 - um aumento de 53% no período, segundo censo realizado pela Prefeitura de São Paulo. O número é o maior desde que este levantamento começou a ser feito. Em 2000, 9 mil pessoas viviam na rua ou passavam parte do dia na rua.
Com a crise econômica e social resultante da pandemia do coronavírus, este número aumentou ainda mais, segundo muitos projetos sociais que atuam com pessoas em situação de vulnerabilidade social.
Diante dos números alarmantes e da catástrofe social que esta realidade representa, o Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região, juntamente com a POP Rua e a Associação Rede Rua criaram um projeto para servir refeições para as pessoas que vivem nas ruas do centro da cidade de São Paulo.
> Nesta pandemia, seja bancári@ solidári@
Eleições municipais
Com as eleições municipais se aproximando, o Sindicato e outras entidades que atuam junto à população em situação de rua elaboraram uma carta compromisso com políticas públicas voltadas para esta questão social. Clique aqui para ler o documento.
Todos os candidatos à Prefeitura de São Paulo foram convidados a comprometerem-se com as propostas e a participar de transmissões na internet que serão feitas por estas entidades. Na ocasião, os postulantes ao cargo de prefeito irão assinar uma carta em que se comprometerão a cumprir os itens contidos na pauta.
Até agora, dois candidatos já se comprometeram a comparecer: Jilmar Tatto (PT) e Vera Lucia (PSTU).
O primeiro encontro será nesta sexta-feira 16, às 14h, com Jilmar Tatto. O evento será transmitido da Quadra dos Bancários, mas, por conta da pandemia do coronavírus, somente os convidados previamente cadastrados poderão participar. O evento será transmitido no Facebook e no YouTube da Associação Rede Rua.
Além do Sindicato dos Bancários de São Paulo, participam da iniciativa o Movimento Estadual da População em Situação de Rua; Movimento Estadual Nacional da População em Situação de Rua; Organizações Sociais da Sociedade que compõe o Fórum da Cidade; e o Movimento dos Sem Terra. Outras associações, sindicatos e movimentos podem assinar o manifesto por meio deste link.
Ernesto Izumi, secretário de Assuntos Jurídicos do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região, reforça a importância de a entidade apoiar iniciativas como esta. “O Sindicato, desde a década de 90, defende um sindicalismo cidadão, que debate questões que afetam os moradores da cidade, incluindo os bancários, como transporte, educação, moradia e saúde. Sabemos que garantir alimento a pessoas em situação de rua e pessoas pobres que têm moradia fixa e estão sem salário é uma emergência agravada pela pandemia e pela crise econômica.”
“Não vamos resolver a miséria apenas fazendo assistencialismo. A carta e o debate buscam estabelecer propostas formuladas por integrantes da população de rua e suas organizações buscando um processo de saída da rua com condição digna. O Sindicato tem oferecido o espaço e instalações ao convênio; e a Pop Rua e a Rede Rua, as equipes. Já o alimento tem sido doado por pessoas físicas, empresas e outras entidades”, acrescenta o dirigente.
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