O número de denúncias sobre casos de Covid-19 feitas pelos empregados da Caixa ao Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região e à Apcef/SP aumentou muito nesta semana. Os bancários se queixam por terem sido afastados tardiamente e de higienização precária nas unidades, dentre outros problemas. Para o Sindicato, o aumento pode estar refletindo o novo protocolo adotado pelo banco, menos rigoroso do que o definido após negociação com o movimento sindical, em março, no início da pandemia no país.
“A direção da Caixa precisa entender que a pandemia não acabou. Pelo contrário, o número de infectados ainda é muito alto e a média diária de mortes por Covid-19 tem ultrapassado a casa de 600. Mas parece que a atual gestão do banco, seguindo o que propaga o governo Bolsonaro, minimiza a maior crise sanitária por que estamos passando no país. Enquanto na Europa os países estão voltando a adotar medidas restritivas, aqui a Caixa afrouxou o protocolo para lidar com a doença. Estamos cobrando do banco que retome as medidas adotadas em março”, diz o dirigente sindical da Apcef/SP, Leonardo Quadros.
O dirigente destaca que o novo protocolo prevê o afastamento apenas dos empregados que tiveram contato por mais de 15 minutos e a 1 metro de distância da pessoa infectada. Apesar disso, a atuação das entidades representativas dos empregados tem garantido, quando acionadas, que o banco aja de forma diferente.
“Afastar só quem teve contato mais direto com a pessoa positiva para coronavírus é absurdo! Todos os trabalhadores daquela unidade, bancários e terceirizados, devem ser afastados, uma vez que o vírus se espalha no ar e fica em móveis e objetos. O novo protocolo também não prevê que todos da agência ou departamento sejam testados, após a comprovação de um caso no local. Mas a atuação do Sindicato e da Apcef/SP tem garantido a testagem de todos”, conta Leonardo.
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Só nesta semana, cita o dirigente, houve um segundo caso na agência da Paulista, um em Taboão da Serra, outro na agência João de Luca (zona sul) e um na agência empresarial Ipiranga (Pinheiros), dentre outras unidades da Caixa. “Antes a média de denúncias era de três por semana. Por isso achamos que as medidas menos seguras adotadas pelo banco fizeram com que o número de contaminações entre empregados tenha aumentado”, diz Leonardo.
Outro problema é a higienização precária. “Os bancários têm nos relatado que a higienização da unidade, após caso confirmado, não é adequada. Isso porque está sendo feita pelo próprio pessoal da limpeza, quando deveria ser realizada por equipe especializada. Estamos cobrando isso do banco também”, informa o dirigente.
Leonardo destaca que essa cobrança só é possível porque chegam ao Sindicato e à Apcef/SP os relatos dos bancários. “Por isso que nós reforçamos que os trabalhadores devem procurar as duas entidades quando não houver testagem de todos, quando os trabalhadores não forem afastados, quando a higienização for precária, ou diante de qualquer outro problema em relação ao coronavírus. É a denúncia dos bancários que vai garantir que a gente atue em defesa da saúde e da vida dos trabalhadores e da população".
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