Em meio às negociações para a renovação do acordo aditivo do Saúde Caixa, os empregados realizam mais uma grande mobilização: na próxima terça-feira, 17 de outubro, será Dia Nacional de Luta em defesa do plano de saúde dos trabalhadores. O movimento sindical pede que os empregados e empregadas vistam branco (cor de simboliza a saúde) e que batam o ponto com 6 minutos e 30 segundos de atraso, como forma de protesto contra os 6,5% da folha de pagamento como teto para a participação do banco no custeio do plano, previsto no estatuto desde 2017.
“É muito importante que estejamos todos unidos e mobilizados, participando do Dia Nacional de Luta, para defender o nosso plano de saúde, uma conquista histórica dos empregados da Caixa. Participe e converse com os colegas. Apenas juntos vamos conseguir defender o Saúde Caixa", convida a dirigente Luiza Hansen, diretora do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região.
“Chamamos todos os empregados e empregadas da CEF de nossa base para participar do Dia Nacional de Luta, nesta próxima terça. Vista branco e bata o ponto com 6 minutos e meio de atraso. Unidos vamos defender o Saúde Caixa!”, completa Chico Pugliesi, diretor executivo do Sindicato e integrante da CEE Caixa (Comissão Executiva dos Empregados).
Vista branco e mande foto
O Sindicato pede que os empregados e empregadas mandem para a entidade suas fotos vestidos de branco. As fotos devem ser enviadas para o whatsapp da Central de Atendimento.
Além das atividades de rua, será realizado um tuitaço, entre as 11h e 12h, onde os trabalhadores são chamados a utilizarem também a hashtag #QueremosSaúdeCaixa, além de marcarem o banco (@Caixa) em cada postagem.
Renovação do ACT Saúde Caixa
O aditivo ao Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) dos empregados da Caixa referente ao Saúde Caixa vale até o final de 2023. As negociações para a renovação do ACT começaram em junho.
Além do fim do teto de 6,5%, os empregados reivindicam a manutenção dos 70/30 da coparticipação (70% para a Caixa e 30% para os empregados); a permanência dos princípios da solidariedade e do pacto intergeracional; Saúde Caixa para todos; e a melhoria e ampliação da rede credenciada.
Mas o principal entrave nas negociações é a insistência da Caixa na manutenção do teto de 6,5% da folha de pagamento para reduzir o seu percentual de custeio do Saúde Caixa.
Além disso, o banco sinaliza como “solução” para a sustentabilidade do plano a cobrança por faixa etária, o que implodiria dois dos três princípios fundamentais do Saúde Caixa: a solidariedade e o pacto intergeracional. Já o modelo defendido pelos empregados é a manutenção do custeio do Saúde Caixa com 70% pagos pelo banco e 30% pelos usuários, o que não será possível com a manutenção do teto de 6,5%, uma vez que o aumento dos custos do plano é superior ao crescimento da folha de pagamento da Caixa. Em 2022, de acordo com informações disponibilizadas pela Caixa, a diferença foi custeada pelo fundo de reserva.