A financeira Midway, após uma semana do prazo solicitado pela empresa ao Sindicato, finalmente respondeu ao pedido de informações da entidade sobre a alteração imposta no contrato dos funcionários, que passariam a exercer cargos de confiança. Porém, a resposta da Midway não esclareceu quais os ganhos efetivos dos trabalhadores por passarem a exercer cargos de confiança e que novas atividades executarão.
Trabalhadores não devem assinar termos aditivos
Neste momento, o Sindicato segue com a orientação para que os trabalhadores não assinem os termos aditivos aos contratos individuais e, caso tenham dúvidas, procurem o departamento jurídico da entidade.
Os trabalhadores podem entrar em contato com o Sindicato por meio do Canal de Denúncias, no telefone (3188-5200), chat, e-mail e WhatsApp.
Resposta da Midway
Na sua resposta, a Midway diz que foram feitos “alguns movimentos de alteração contratual na financeira, porém, sem qualquer prejuízo para o empregado, pois, foram baseadas na adequação do que já ocorria na prática”.
Porém, apesar de afirmar na resposta que os trabalhadores não serão lesados e não terão a jornada estendida, a Midway não assegurou o devido pagamento da gratificação de função, de 55% sobre o que estavam recebendo os funcionários, e a adequação na nomenclatura do cargo, além de não esclarecer as mudanças nas funções a serem desempenhadas.
“A Midway fez as mudanças que interessavam a empresa, com o fato de que passa a não ser obrigada ao pagamento de horas extras aos funcionários que tenham cargos de confiança, mas não assegura a devida contrapartida aos funcionários, com o devido pagamento da gratificação de função”, avalia o dirigente do Sindicato André Bezerra.
"Esta manobra da Midway é uma decisão unilateral da empresa. Não foi negociada e muito menos tem a anuência do Sindicato. Vamos lutar para que os trabalhadores da financeira tenham seus direitos respeitados", acrescenta.
O Sindicato solicitará uma reunião com a direção da Midway para que seja detalhado quais os cargos afetados pela mudança e os alegados ganhos financeiros que os trabalhadores terão com essas alterações.